O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, demonstrou alívio com a decisão do Ministério Público, que admitiu a realização da partida contra o Atlético-PR, domingo, às 17h, no estádio alviverde. O órgão estadual havia recomendado a mudança de local do jogo, com medo da possível reação da torcida em caso de rebaixamento do clube. O cartola disse compreender a intenção das autoridades, criticou veladamente a ideia.

- Tenho que respeitar os órgãos de segurança, que zelam pelo bem-estar da torcida, dos sócios e da população. Mas uma arena moderna não poder abrigar um jogo é uma inversão de valores – disse o mandatário.

Na tarde desta quarta-feira, uma comissão com membros do MP e das polícias civil e militar irá vistoriar o estádio para avaliar medidas para evitar tumultos no local caso o Palmeiras seja rebaixado para a Série B. Uma das preocupações é com a possibilidade de torcedores invadirem o gramado para protestar.

O MP pretende implantar bolsões ao redor da arena que permitiriam acesso apenas aos que tiverem ingressos. Além disso, exige que o Palmeiras contrate um efetivo de seguranças particulares para auxiliarem a polícia militar – o número de agentes será definido no encontro desta quarta. A princípio, o órgão pretendia levar o confronto para o Pacaembu, onde já há “expertise” das autoridades em situações de confusão. O Palmeiras, porém, fez valer sua condição de mandante.

- Houve bom-senso (do MP) de entender que jogos importantes vão acontecer ali. Não abriríamos mão de poder jogar no nosso estádio, onde a gente é mais forte – afirmou Nobre.

O clube iniciou nesta terça-feira a venda de ingressos para o confronto que decide sua permanência na elite. Para a rodada final do Brasileiro e em busca do apoio de seus torcedores, a diretoria reduziu os preços das entradas, que vão de R$ 60 a R$ 350. A carga total é de aproximadamente 39.000 bilhetes. Para se manter na Série A, o Palmeiras precisa vencer o Atlético-PR. Veja outros cenários abaixo: