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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Lais Souza sofre com efeitos colaterais de tratamento e adia retorno ao Brasil

A expectativa era que, nesta segunda-feira, Lais Souza desembarcasse no Brasil pela primeira vez desde que se acidentou gravemente na preparação para os Jogos de Inverno de Sochi – quando chocou-se contra uma árvore durante um treinamento e sofreu uma lesão na cervical. A reação do corpo da ex-ginasta e esquiadora à terceira fase do tratamento com células tronco, no entanto, deixou a data de retorno ao país em aberto. 

A ideia inicial era que Laís chegasse a tempo de passar seu aniversário de 26 anos, neste sábado, dia 13, e as festas de final de ano com a família. No período de 30 a 40 dias que passaria no Brasil, a paulista seria homenageada no Prêmio Brasil Olímpico, no dia 16, e participaria de compromissos de uma universidade à qual é vinculada no Rio de Janeiro e da Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN). A agenda não está cancelada, mas sim em suspenso aguardando a melhora do quadro clínico da brasileira.


Na semana passada Laís iniciou a terceira fase do tratamento com células tronco ao qual vem se submetendo desde o primeiro semestre deste ano. Segundo o pai, Antônio Souza, a ex-atleta passa horas por dia no Hospital Jackson Memorial, em Miami, recebendo medicação. Desta vez, infelizmente, teve uma reação adversa mais forte.

-  Ela às vezes vai para o hospital e passa 4h, 5h e até 6h, às vezes até pousa por lá. Com todos esses exames e medicamentoso corpo dela não está bem. Ela sente muita dor de cabeça, entre outras coisas. É como se fosse uma quimioterapia ou radioterapia, em que a pessoa fica ruim nos primeiros dias e depois vai melhorando. Das outras vezes a reação foi assim também, mas acho que menos forte. Apesar de fisicamente ela estar mal, psicologicamente ela muito bem porque está satisfeita em receber as células. O que está em jogo é o tratamento dela, que é o objetivo dela ficar por lá. O objetivo dela é a cura, então faz parte – disse, por telefone, ao GloboEsporte.com.


Do período que passar no Brasil, Lais vai se dividir entre o Rio de Janeiro, São Paulo e Ribeirão Preto. Quando estiver em sua cidade natal, no interior paulista, a ex-atleta não deve ficar hospedada na casa da família.


- Desta vez, como o período de estadia aqui vai ser curto, não vamos ter tempo de adaptar nada. Nossa intenção é que ela fique em um hotel em um quarto adaptado. Ela fica no máximo até o meio de janeiro, e em Ribeirão mesmo deve passar umas duas semanas. Queremos fazer de tudo para recebe-la no mínimo bem. Estamos esperando com muita ansiedade. Meu coração de pais está apreensivo demais.


O acidente que deixou Lais tetrapléfica aconteceu no dia 27 de janeiro, na pista de esqui de Salt Lake City, nos Estados Unidos. A atleta se chocou com uma árvore, sofreu trauma severo na terceira vértebra e precisou ser submetida a uma cirurgia para fazer o realinhamento da coluna. O quadro era grave e com risco de morte. Laís ficou cinco meses internada em hospitais nos Estados Unidos e, após receber alta, continua no país fazendo treinamentos de reabilitação.


Como ginasta, Lais representou o Brasil em competições como os Jogos Pan-americanos (2003 e 2007), e Olimpíadas (2004 e 2008). Ela se preparava para os Jogos de Inverno, na Rússia, onde disputaria a modalidade de esqui aéreo, quando sofreu o acidente.
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