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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Retrospectiva 2014

Cuiabá surpreende na Copa do Mundo após superar incêndio, atrasos e problemas; legado é capenga

Foto: Jardel Arruda / Olhar Direto

Cuiabá surpreende na Copa do Mundo após superar incêndio, atrasos e problemas; legado é capenga
Apesar dos pesares, a Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá superou as expectativas da imprensa nacional e internacional. Tida como uma das mais queridas pelos estrangeiros, a capital mato-grossense recebeu uma invasão de turistas, principalmente de chilenos e colombianos.


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Mesmo com muitas obras sendo entregues às pressas e inacabadas, a mobilidade urbana parece ter funcionado. Os turistas pouco sentiram os impactos que os cuiabanos tiveram –e ainda tem – de conviver. O fato que causou ‘vergonha’ ao Governo do Estado foi o fato do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) não ter ficado pronto a tempo do Mundial.
 
O mais esperado pelos mato-grossenses era o legado que a competição iria deixar para a cidade. Várias das obras de mobilidade urbana foram entregues, porém, os atrasos foram imensuráveis. A maioria delas foram inauguradas apenas nos últimos meses deste ano. A qualidade também é um dos pontos questionados pela população.
 
Invasão chilena
 
Por alguns dias, Cuiabá se tornou um pedaço do Chile dentro do Brasil. Os sul-americanos invadiram a capital mato-grossense para apoiar a sua seleção durante a competição. Na primeira partida de ‘La Roja’ contra a Austrália, o hino nacional foi entoado até o fim de forma espetacular pelos chilenos. A 'Fan Fest' também recebeu milhares de pessoas.
 
As ruas ficaram tomadas de estrangeiros. A praça popular, local que conta com diversos bares, foi um dos pontos de encontro dos turistas e também ‘casa’ de vários chilenos. Por dias a fio o canto de “chi-chi-chi-le-le-le, Viva Chile” foi entoado pelos torcedores de ‘La Roja’ e também pelos cuiabanos.
 
Porém, um problema chamou a atenção dias antes do primeiro jogo em Cuiabá. Alguns torcedores chilenos foram acusados por uma professora de terem cometido assédio sexual em um estacionamento de um shopping da capital. A notícia, dada em primeira mão pelo Olhar Direto, correu o mundo e foi destaque nos principais sites do Chile.
 
Outro problema registrado, só que desta vez com torcedores colombianos, também foi destaque. Dois jovens colombianos estavam andando no centro da cidade quando foram abordados. As vítimas foram esfaqueadas e tiveram documentos, celulares e dinheiro levados pelos criminosos. Os turistas não ficaram feridos gravemente e foram medicados e liberados em seguida.
 
Arena Pantanal
 
O estádio cuiabano também não escapou dos problemas antes do Mundial. Um incêndio atingiu um dos setores do estádio meses antes da Copa do Mundo e colocou em cheque a permanência de Cuiabá como uma das 12 cidades-sede da competição. Porém, um laudo apontou que não houve dano estrutural. Uma tragédia também marcou a construção da Arena. Um operário morreu enquanto fazia instalação de uma luminária em um dos setores do local.

Nos quatro jogos da Arena Pantanal tudo ocorreu de forma tranquila. Os torcedores fizeram uma grande festa nas arquibancadas e transformaram Cuiabá em uma das sedes mais queridas da competição. Foram quase 159 mil pessoas no estádio mato-grossense acompanhando as partidas.
 
Atrasos em obras
 
A Copa do Mundo passou, porém, as obras continuam inacabadas. O governador Silval Barbosa (PDMB) não conseguiu entregar todas as obras, como foi prometido no início de seu governo e até meses antes do início do Mundial ainda garantia que tudo estaria pronto. A ‘segunda promessa’ foi de entregar todas elas até o fim de seu mandato, o que também não aconteceu.
 
Várias obras foram interditadas ou tiveram de passar por reparos. O viaduto da Sefaz, localizado na avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA), foi fechado para trânsito pois corria o risco de vir abaixo. Já a trincheira Ciríaco Cândia teve várias infiltrações e o problema também teve de ser corrigido.
 
O VLT, que seria ‘a menina dos olhos’ do chamado legado da Copa, foi a maior decepção da gestão. Alvo de muitas críticas e ainda sem prazo para ser concluído, o novo modal consumiu mais de R$ 1,5 bilhão dos cofres públicos. Após o Mundial, muitas obras foram ‘abandonadas’ pelo Consórcio VLT para que o trabalho fosse concentrado em alguns pontos.
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