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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Pai de Bianchi relata "tortura diária" e mantém esperança: "Mão dele treme"

“Nosso universo entrou em colapso no dia 5 de outubro de 2014”. Com esta frase, o pai de Jules Bianchi, Philippe, resumiu o drama diário do piloto e de sua família desde o gravíssimo acidente no GP do Japão, quando o francês bateu com o capacete em um guindaste que estava na área de escape do circuito de Suzuka no fim da corrida. Desde então, passaram-se mais de seis meses e o jovem francês de 25 anos segue inconsciente, em coma. Nesse meio tempo, porém, Bianchi voltou a respirar sem a ajuda de aparelhos e foi transferido de Yokkaichi, Japão, para um hospital em Nice, França, sua terra natal. Depois de um período de silêncio, Philippe decidiu falar ao jornal local Nice-Martin “em respeito a todas as pessoas que continuam a enviar a Jules belos desejos e mensagens encorajadoras diariamente”.  


- Jules é jovem. Ele é muito forte fisicamente, pois sobreviveu a um choque muito grande. Tenho muito orgulho dele, sempre tive. Temos esperança de evolução. De tempo em tempo, ao lado dele na cama, vemos que as coisas estão acontecendo. Às vezes ele é mais ativo, se mexe mais, a mão treme. Mas seria mero reflexo ou algo real? É difícil saber. A coisa mais importante é que ele está sendo acompanhado por excelentes especialistas.

Philippe conta que a condição do piloto é estável e apresentou poucas evoluções nos últimos meses. Ele relata a “dor infinita” e a “tortura diária" com a incerteza sobre o futuro do filho, dá detalhes sobre o apoio da família e da namorada do francês, que, inclusive, se mudou para Nice, para ficar mais perto de Jules, e mantém a esperança na recuperação. 

Confira as declarações do pai de Bianchi:   

Condição atual de Bianchi

A única coisa que posso dizer é que ele luta com força, assim como sempre lutou antes e depois do acidente. Todos os dias Jules faz uma “maratona”. De um ponto de vista médico, sua condição é estável, é bastante autônoma, não há nenhum problema físico. Todos os seus órgãos estão trabalhando sem assistência. Mas, por enquanto, ele permanece inconsciente, em coma.   

Incerteza sobre recuperação

A pergunta que ninguém pode responder é sobre perspectiva de vida: será que ele conseguirá? Se sim, ele será incapacitado ou poderá viver normalmente? Acho que nesses tipos de acidente, isso choca mais do que uma morte real. A dor é infinita. A tortura é diária.   

Do pessimismo à esperança   

Nesse tipo de trauma, como sabemos, a evolução é muito lenta. Comparado com o que foi dito pelo professor japonês que o operou em Yokkaichi, a noite virou dia. Quando chegamos com a mãe do Jules (no Japão), não havia esperança. O prognóstico era alarmante. Falou-se em danos irreversíveis. Foi dito que ele não poderia ser transferido antes de um ano, mas isso foi feito depois de apenas sete semanas, pois Jules voltou a respirar sozinho novamente.   

Apoio da família e da namorada alemã   

Neurologicamente, os médicos nos disseram que não há intervenção específica para fazer. A coisa mais importante é estimular Jules, para que ele sinta uma presença constante ao seu lado. É por isso que nos revezamos a cada dia, sua mãe, sua irmã, seu irmão e eu. Ele também tem Gina, sua namorada alemã, que vive aqui agora.   

Agradecimento

Às pessoas que pensam nele, que oram por ele, digo que é uma motivação fabulosa. Tenho certeza que Jules ouve tudo. Hoje quero mais uma vez agradecer a todas essas pessoas. E avisar a elas que continuaremos dando notícias, sejam boas ou ruins. 
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