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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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EUA divulgam confissão de Chuck Blazer: propinas desde a Copa de 98

Foi divulgado nesta quarta-feira o teor da confissão de Chuck Blazer, ex-integrante do Comitê Executivo da Fifa, da Concacaf e da Federação Americana de Futebol. No documento, com 40 páginas, ele admite a prática de suborno na entidade máxima do futebol - envolvendo já a escolha da Copa do Mundo de 1998, na França, e também do Mundial de 2010, na África do Sul. No material, o juiz Raymond Dearie trata a Fifa como uma "organização criminosa influenciada por extorsão". Confira aqui todo o documento, em inglês.


Há trechos protegidos por uma tarja preta - entre eles, uma resposta subsequente a uma pergunta sobre se ele gostaria de acrescentar mais alguma. Aí está, ainda em sigilo, um ponto que pode ser decisivo na investigação. 

A confissão, que é de 25 de novembro de 2013, não escancara novos nomes. No depoimento, ele deixa claro, porém, que não age sozinho no esquema de corrupção. Sete dirigentes da entidade foram presos na semana passada, em Zurique, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.


- Durante minha associação com a Fifa e a Concacaf, entre outras coisas, eu e outros concordamos que eu ou um coconspirador iríamos cometer pelo menos dois atos de atividades ilícitas. Entre outras coisas, eu concordei com outras pessoas em (ou por volta de) 1992 para facilitar a aceitação de suborno em conjunção com a seleção do país-sede para a Copa do Mundo de 1998. Começando em (ou por volta de) 1993 e continuando até o início dos anos 2000, eu e outros concordamos em aceitar suborno e propinas em conjunção com a transmissão e outros direitos das Copas Ouro de 1996, 1998, 2000, 2002 e 2003. Começando em (ou por volta de) 2004 e continuando até 2011, eu e outros no comitê executivo da Fifa concordamos em aceitar suborno em conjunção com a escolha da África do Sul como país sede da Copa do Mundo de 2010. Entre outras coisas, minhas ações descritas acima tinham participantes e resultados comuns.

Em boa parte do documento, Blazer diz que usou rede eletrônica, bancos e aeroportos dos Estados Unidos para cometer seus crimes. É esse o argumento usado pelos americanos para entrar na investigação e prender sete pessoas mesmo fora de seu território, na Suíça.

O escândalo explodiu de vez na semana passada e resultou na decisão do atual presidente da Fifa, Joseph Blatter, de entregar o cargo. Segundo as imprensas americana e britânica, a investigação está fechando o certo em torno dele.

Os diálogos incluem menções de Blazer ao tratamento de um câncer e de diabetes. O juiz menciona que Blazer está em uma cadeira de rodas. Ele está hospitalizado nos Estados Unidos ainda hoje.
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