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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Champions fecha década vencedora de Neymar: "Melhor dia da vida"

A cena de Neymar correndo pelo Estádio Olímpico de Berlim, com a taça da final da Champions em seus braços, é emblemática, e representa o final feliz de um ciclo de exatamente dez anos. O atacante escalou, degrau a degrau, os obstáculos de sua carreira, e finalmente alcançou o patamar que se esperava dele, quando apareceu para o mundo do futebol pela primeira vez, ainda menino.



Em 2005, Neymar driblava os adversários com facilidade em um campeonato de futsal local, levando enrolada em sua cabeça uma faixa com a frase "100% Jesus". Não foi à toa que ele decidiu reaparecer com a mesma faixa na noite de sábado, ainda na festa do título no gramado. O menino venceu, virou homem: é um jogador maduro, e pai de um adorável Davi Lucca, que também levou para o campo. De promessa incerta ele se tornou campeão do Espanhol, da Copa do Rei e da Champions - levando também a artilharia dos dois últimos.

A temporada foi impecável. Neymar multiplicou os gols em relação ao seu primeiro duro ano na Europa. Depois de sofrer com lesões, desconfiança, e balançar as redes 15 vezes em doze meses, ele começou a temporada atual avassalador, e assim a terminou, com 39 gols. Para o atacante, falta só a cereja do bolo, ainda que seu ano na Europa já seja incontestável.   

- Estou feliz com o título, melhor dia da minha vida. Para ficar perfeito só falta terminar a Copa América vencendo - disse, na saída do estádio.   

O atacante se apresenta à Seleção Brasileira na segunda-feira, onde ainda tem alguns pontos frustrantes a vencer, ao contrário de sua carreira por Santos e Barcelona. Além da Copa América a disputar, Neymar perdeu uma final de Olimpíadas, em Londres, e saiu da última Copa do Mundo lesionado, sem conseguir ajudar o time na eliminação humilhante contra a Alemanha.   

Em seu clube, o momento é perfeito. O ano de Neymar o credencia a disputar uma Bola de Ouro. Embora ele ache que o dono do título já é Messi, acredita que pode brigar por um segundo ou terceiro lugar. Tudo isso conquistado graças à parceria com o argentino e o amigo uruguaio Luis Suárez. O tridente alcançou 122 gols na temporada, e parece não ter limites.   


- A gente não quer parar, não. Queremos continuar fazendo gols, continuar nos dando bem e ganhando títulos, que é o mais importante.   

A principal conexão entre os elos do tridente é a de Messi e Neymar, que jogam juntos há dois anos, e, depois de uma chegada intimidante do brasileiro, se tornaram grandes amigos dentro e fora de campo. Agora o camisa 11 e o camisa 10 brigam por artilharias, mas em uma disputa sadia e serena.


- Hoje a gente empatou na Champions, ele ganhou de mim no Espanhol e eu ganhei na Copa do Rei. Ele pra mim é um ídolo, é um espelho que tenho todos os dias. Jogar com ele é uma honra muito grande.   


Declaração bem diferente da que Neymar deu na final do Mundial de Clubes, quando enfrentou Messi pelo Santos, perdeu, e disse que viu em campo uma aula de futebol. Um ponto de derrota, mas importante em sua trajetória vencedora. São dez anos, desde a primeira aparição, e 15 títulos. Nota dez para o camisa 10 da Seleção, que, como aquele menino que começou no futsal em Santos, não vê a hora de encarar, e conquistar, o próximo desafio.
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