O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira, dentro da programação da cúpula do G7, na Alemanha – o bloco é formado por EUA, Canadá, Japão, Alemanha, França, Itália e Reino Unido. Ele foi questionado sobre os escândalos que abalaram a Fifa nos últimos dias. E não quis se aprofundar no assunto.

Obama disse que as investigações ainda estão em andamento e que, por isso, não caberiam muitos comentários. Mas pediu integridade à entidade, pela importância que ela tem na vida das pessoas.

- Não posso comentar sobre uma questão pendente. Posso dizer que, em conversas que tive aqui na Europa, as pessoas disseram que é muito importante que a Fifa esteja apta a operar com integridade e transparência. Conforme as investigações prosseguem, temos que ter em mente que o futebol é um jogo, mas também um negócio de massa e uma fonte de incrível orgulho nacional. As pessoas querem ter certeza que ele é operado com integridade – disse o líder americano.
Os Estados Unidos estão diretamente envolvidos no processo. A investigação partiu deles. Eles pedem a extradição dos sete dirigentes do alto escalão da Fifa presos na Suíça (entre eles, o ex-presidente da CBF José Maria Marin) e também de outros cartolas espalhados pelo planeta - caso de Jack Warner, ex-presidente da Concacaf, e de Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol. Obama conheceu Warner pessoalmente em 2008 - junto com o presidente da Fifa, Joseph Blatter - e telefonou para ele pelo menos uma vez para falar sobre a possibilidade de os Estados Unidos sediarem novamente a Copa do Mundo.


A investigação também foi facilitada graças a um americano. Chuck Blazer, ex-integrante do Comitê Executivo da Fifa, confessou participação no esquema de propinas da entidade - incluindo votos para as sedes das Copas de 1998 (teria votado por Marrocos) e 2010 (confessou ser pago para ajudar a eleger a África do Sul).