O Vasco viveu uma manhã de tensão nesta terça-feira. Enquanto o time treinava, torcedores se aglomeraram no lado de fora de São Januário e chegaram a tentar invadir a Colina, sendocontidos por policiais que faziam a escolta dentro do clube. Após a confusão, o gerente de futebol Paulo Angioni concedeu entrevista coletiva e confirmou as rescisões de Marcinho e Douglas Silva. Além das esperadas saídas, o dirigente disse ainda que Bernardo será afastado e não viaja para Mangaratiba nesta terça-feira. Ele teve seu contrato suspenso por tempo indeterminado.

De acordo com o dirigente, Douglas Silva e Marcinho pediram para deixar o Vasco e foram atendidos. O zagueiro deve ser emprestado ao Joinville, enquanto o meia ainda não definiu seu destino para o restante da temporada. 

– Douglas entendeu que era o momento de ter outra expectativa, que não estava preenchendo no Vasco. Ele nos procurou solicitando rescisão de contrato. Entendemos e estamos fazendo isso. Há a necessidade técnica do Douglas de atuar com mais frequência. Ele está indo para o Joinville, nos disse isso. Primeiramente, seria uma situação de empréstimo, mas depois, pelas situações de dificuldade do time, entramos em entendimento e fizemos a rescisão de contrato. O caso do Marcinho é diferente. Foi uma questão pessoal. Ele nos procurou dizendo que gostaria de sair, porque as coisas não estavam como ele imaginava – disse.

Sobre Bernardo, que nesta segunda-feira discutiu e chegou a chamar torcedores para a briganuma rede social, Angioni afirmou que o jogador não viaja com o grupo para a semana de treinos em Mangaratiba. Ele está provisoriamente afastado.

– Bernardo está fora da viagem de Mangaratiba, e estamos analisando a situação dele – disse Angioni, sem descartar a possibilidade de o jogador ter o mesmo destino de Marcinho e Douglas Silva e ter seu contrato rescindido. – Todas as alternativas estão em possibilidade.

Desde o título estadual conquistado dia 3 de maio, o Vasco está a oito partidas sem vencer – cinco empates e três derrotas consecutivas. Os números do ataque são ainda mais alarmantes: o time fez apenas dois gols nessas oito partidas, um no empate com o Cuiabá pela Copa do Brasil (Rodrigo de falta) e outro no empate com o Internacional pelo Brasileirão (Lucas, em rebote de escanteio).