Acabou a novela. Depois de especulações dando conta de que Jenson Button se aposentaria da Fórmula 1 ao final da temporada, a McLaren confirmou o britânico em 2016. Quando o campeão mundial de 2009 disse no GP de Cingapura, em setembro, que havia perdido o prazer de correr, em razão das dificuldades do time em 2015, a imprensa inglesa chegou a cravar que o veterano de 35 anos deixaria a categoria. No entanto, após conversas com o chefe do Grupo McLaren, Ron Dennis, Button decidiu continuar na equipe. O piloto tem contrato válido até o fim da próxima temporada e havia uma cláusula, não exercida, em que a escuderia poderia rescindir o contrato dele até o fim de setembro.

- Jenson e eu vínhamos debatendo sobre os planos dele em privado nas últimas semanas. E o fato de nossas conversas levarem ao anúncio de hoje é um prazer para ambas as partes e motivará a todos na McLaren-Honda. Como deixei claro quando fui perguntado, o contrato de Jenson é de dois anos, duração 2015 e 2016. Havia uma opção “terminar após primeiro ano”, que a McLaren poderia exercido se quisesse, mas uma vez que ficou claro em nossas diversas conversas que Jenson ainda se mantinha entusiasmado, comprometido e focado com o projeto, essa opção imediatamente ficou irrelevante. Esse foi o caso. Estou extremamente satisfeito. Jenson é um dos pilotos mais experientes atualmente na Fórmula 1.  Mas apesar da riqueza de sua experiência fazê-lo um ativo valioso, ele também é extremamente capacitado e está mais veloz que nunca – explicou Ron Dennis.

Campeão mundial em 2009 pela Brawn GP, Button chegou à McLaren em 2010. Pela escuderia britânica ele completou 110 GPs, venceu oito corridas e foi vice-campeão em 2011. Na carreira, Button tem 15 triunfos em 279 GPs ao longo de 16 temporadas. Ele é o terceiro piloto com mais participações na história da categoria, atrás apenas de Rubens Barrichello (323) e Michael Schumacher (307). Jenson estreou na Fórmula 1 em 2000 pela Williams e tem passagens também por Benetton, Renault, BAR e Honda.


- Nos últimos meses andei pensando muito, e não é segredo que estava em dúvida sobre meu futuro. Mas sou piloto da McLaren há seis anos e nesse período eu conheci Ron muito bem. Nós tivemos conversas muito boas nas últimas semanas, e durante esses papos ficou claro que Ron é, ao mesmo tempo, totalmente determinado e unicamente equipado para liderar nossa equipe durante as atuais dificuldades para alcançar sucesso no futuro. Isso me traz grande confiança. E por essa razão, nós dois decidimos continuar a parceria. Assim que tomei a decisão, percebi que era a correta. Claro que esse ano não tem sido fácil, mas sabemos que precisamos melhorar as coisas em colaboração com a Honda. Vamos trabalhar arduamente nas próximas semanas e meses a fim de certificar que 2016 será muito melhor que 2015. Mal posso esperar! – comemorou Button.

Em 2015, Button tem sofrido com as dificuldades enfrentadas pelo conjunto McLaren-Honda. A retomada da parceria técnica entre a equipe britânica e a montadora japonesa começou abaixo da expectativa. A Honda ainda não conseguiu fornecer um motor competitivo e o time, por sua vez, deixou a desejar no projeto do carro. O resultado é que a escuderia ocupa apenas a penúltima posição do Mundial de Construtores, à frente apenas da Manor. Com 14 das 19 etapas disputadas, Button é o 18º colocado do campeonato, com seis pontos.