Peter Sauber, acionista e consultor da equipe BMW Sauber, afirmou neste sábado que está trabalhando com Mario Theissen, diretor esportivo da escuderia alemã, para tentar a permanência do espólio do time na F-1.

Em entrevista ao site da revista "Autosport", Sauber afirmou que busca fazer o mesmo que fez Ross Brawn com a japonesa Honda e que acredita ser possível obter um sucesso parecido com sua equipe.

"Farei tudo que for humanamente possível. Não posso fazer milagres e certamente não quero ser chefe de equipe novamente, mas usarei meus contatos. Preciso acrescentar que, em meus 17 anos de F-1, já resolvi problemas mais complicados", disse o dirigente.

Sauber, que detém 20% das ações da escuderia, diz que uma equipe tão forte e consolidada na F-1 como a BMW deverá atrair bons investidores.

"Você precisa de pelo menos dez anos para reunir uma equipa que pode produzir um bom carro de F-1. E isso já temos, o que favorece na venda", finalizou Sauber.

A BMW anunciou na última quarta-feira que abandonaria a principal categoria do automobilismo devido a "preocupações crescentes com a questão ambiental".

No mesmo dia, a Fota (Associação de equipes de F-1) emitiu um comunicado afirmando que fará o possível para que o espólio deixado pela montadora alemã continue na F-1.

A BMW é a segunda montadora a deixar a F-1 em menos de um ano. No fim da temporada passada, a japonesa Honda disse que não se inscreveria na atual temporada.

Com a saída da BMW, a F-1 tem confirmada para a próxima temporada 12 escuderias, duas a mais do que neste ano. As nove remanescentes do atual campeonato, além das novatas Campos, Manor e USF1, que não possuem vínculo com montadoras.