Rescisão de contrato ou exposição menor da marca no uniforme. Estas são as alternativas encontradas por Fluminense e Vitton 44 para dar fim aos constantes atrasos no pagamento da cota de patrocínio por parte da empresa. Ao intensificar as conversas, a direção do clube e a da fábrica de bebidas devem chegar a um acordo nos próximos dias visando a temporada 2016.   


Foi em dezembro do ano passado que a parceria foi anunciada. Em substituição à Unimed, que rompeu com o Tricolor após 15 anos de relação, a Vitton passou a estampar a frente, o verso e as mangas das camisas de jogo. Porém, a partir do meio da atual temporada, com a intensificação da crise econômica no Brasil, atrasou o pagamento.   


A negociação é feita diretamente entre os presidentes Peter Siemsen (do Fluminense) e Neville Proa (Vitton 44). Caso permanece com uma exposição menor, naturalmente, a cota de patrocínio a ser paga pela empresa diminuiria. E abriria espaço a uma outra companhia. O clube reconhece o esforço do parceiro e tem gratidão por este ter assumido compromisso em um momento delicado, o de saída da Unimed. Por isso, a tentativa é de encontrar um acordo com a ambas as partes.   

- Estamos trabalhando duro. As negociações são sigilosas, e isso até é uma estratégia importante. Estamos trabalhando para preencher nossos espaços. Discutir esse assunto publicamente enfraquece as negociações. Mas no tempo certo espero anunciar as mudanças - disse Peter recentemente em entrevista ao GloboEsporte.com.   


Flu e Vitton assinaram oor duas temporadas: R$ 12 milhões na primeira, R$ 24 milhões na segunda. Em maio deste ano, porém, ficou acordado que a patrocinadora estamparia também as mangas das camisas, quase como uma barganha para continuar em 2016 - mediante um adiantamento de R$ 3 milhões referentes ao próximo ano. A primeira solução encontrada pela marca de bebidas, para amenizar os atrasos, foi pagar valores aleatórios. Menores do que o estabelecido em contrato. O débito total é de cerca de R$ 5 milhões.