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Sábado, 03 de agosto de 2024

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Presidente Lula pede mudanças no calendário do futebol brasileiro

Em encontro realizado nesta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao ministro do Esporte, Orlando Silva, e ao presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, que sejam estudadas propostas para mudar o calendário do futebol nacional e para fortalecer a gestão dos clubes.


O calendário pode se adequar à temporada dos principais clubes da Europa já em 2011. Segundo o ministro, é um "tema complicado, que vai exigir estudos", mas a mudança é uma possibilidade concreta. "Nós estamos discutindo o tema calendário. Evidentemente que para o ano de 2010 temos uma série de contratos assinados. Contrato assinado é contrato que tem que ser cumprido. Se houver, exigiria uma transição. Agora, é um tema que vai ser debatido."

Silva afirmou também que saiu da reunião com a missão de estabelecer diálogo entre a CBF e o Clube dos 13 para criar um pacto pela melhoria do futebol nacional e entregar as propostas ao presidente dentro de 30 dias.

"O presidente Lula pediu que nós preparássemos uma série de propostas para fortalecer os clubes do futebol brasileiro, fortalecer os clubes financeiramente, a gestão desses clubes, de modo que eles possam manter por mais tempo no país os atletas de futebol. O presidente da CBF concordou com essas ideias gerais e inclusive se comprometeu em dialogar junto à FIFA para reconhecer as medidas que o Brasil venha a propor", falou.

Em relação à viabilidade econômica dos clubes de futebol, o ministro disse que pode ser proposta uma espécie de Lei de Responsabilidade Fiscal aos dirigentes. Segundo ele, a má gestão dos clubes, que atrasam os vencimentos dos atletas por estarem endividados, também é um fator que contribui com o êxodo de jogadores do país.

"Os clubes têm dívidas porque as receitas do futebol brasileiro são aquém do que deveriam ser, por vários fatores. No mundo inteiro, têm quatro fontes de receita do futebol. O futebol se sustenta com direito de transmissão --a televisão é muito importante para remunerar o futebol--, com o licenciamento de produtos, com bilheteria e com transferência de jogadores. O problema é que no Brasil a principal fonte é transferência de jogador. Não tem preocupação em ter estádio seguro e confortável para aumentar a frequência, modificar o horário para aumentar a frequência nos estádios. A remuneração de televisão pode ser ampliada também, o licenciamento de produtos exige uma estratégia de marketing, que exige profissionalismo. O que queremos discutir com os clubes é isso", afirmou o ministro.

O pacto não resultará em uma proposta de projeto de lei. O governo pretende estimular o debate para que melhorias possam ser adotadas no futebol brasileiro por meio dos clubes e do Clube dos 13. "O governo quer ajudar. Quer contribuir. Todo mundo sabe da paixão que ele [Lula] tem pelo futebol e ele fica incomodado ao perceber que o futebol brasileiro acaba perdendo potencial, perdendo força, rebaixando o nível técnico", disse o ministro.
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