O Atlético-GO segue firme na ponta da Série B do Brasileirão. Atuando em casa, os goianos suaram bastante para vencerem o Juventude por 2 a 1, de virada, quebrando um jejum de dois jogos sem bater o oponente. A vitória, válida pela 18ª rodada, mantém o clube na liderança do torneio.

Já o Alviverde segue pagando por sua incompetência. Mais uma vez a equipe gaúcha saiu na frente e não segurou o resultado. Os jogos vão passando e o Alviverde vai entrando em desespero por não sair da zona de rebaixamento. O clube da Serra Gaúcho segue na 17ª posição, dois pontos atrás do Bahia, o primeiro não rebaixado.

O Dragão saiu atrás no placar. Aproveitando-se de um erro de marcação, o Juventude marcou primeiro com Mendes, aos 4 minutos. Aos 6, tudo estava igual novamente. Desta vez a defesa gaúcha se posicionou mal e Brasão encobriu Juninho.O gol da virada saiu ainda na primeira etapa em um belo chute de Róbston.

Na última rodada do primeiro turno, o Atlético irá a Salvador enfrentar o Bahia, na terça-feira. O Juventude segue tendo adversários da ponta de cima da competição. O Alviverde receberá o Guarani, na sexta-feira, e tentará quebrar uma sequência de três partidas sem vitória como mandante.

O jogo - A proposta do Juventude estava clara na escalação. Atuando fora de casa contra o líder e melhor ataque do campeonato, Ivo Wortmann colocou em campo uma equipe com somente um atacante para se fechar e atuar no erro do adversário. A estratégia se mostrou eficiente no começo do confronto.

Aos 4 minutos, Ivo puxou contra-ataque, a defesa do Dragão deu espaço. A bola chegou até Zezinho. O cruzamento do meia saiu perfeito para Mendes abrir o placar. O problema para os gaúchos foi que essa era só uma parte da tática. A outra, defender bem, não foi cumprida. Bastaram dois minutos para o Atlético empatar. Após cobrança de escanteio a seu favor, a defesa alviverde não se posicionou bem, deixando Brasão invadir a área e tocar por cima de Juninho.

Era como se o jogo ainda estivesse 0 a 0 e as peças começassem a se encaixar conforme o esperado no judiado gramado do Serra Dourada. Os donos da casa atacavam e os visitantes esperavam novo vacilo dos anfitriões. Os goianos só conseguiram levar perigo novamente aos 23 minutos, quando Marcão bateu cruzado para fora. Logo em seguida, Juninho quase engoliu um frango, mas recuperou-se a tempo de evitar o gol.

Porém, o arqueiro nada pôde fazer aos 27 minutos. Após bola alçada na área, Marcão ajeitou de cabeça para Robston bater, a bola ainda desviou na zaga antes da torcida comemorar o gol da virada.

O Juventude virou vítima da própria estratégia. Com somente um homem de frente, a equipe não prendia a bola no ataque. Atrás, não havia espaço para sair jogando. Os caxienses só ameaçaram o oponente em cobrança de falta de Leyrielton, mas a bola passou distante do gol.

Tentando sair de Goiânia com, pelo menos, um ponto na bagagem, Wortmann avançou o seu time ao colocar no intervalo o atacante Diego Rosa no lugar do ala Leyrielton, com Bruno passando a executar a função e Lauro entrando no lugar de Edenilso. O que se viu foi o crescimento técnico do duelo.

Com 5 minutos, Juninho já havia salvado nos pés de Marcão. O atacante do Dragão ainda marcaria um gol em posição de impedimento, que foi bem anulado pela arbitragem. O Juventude respondeu com Lauro, de fora da área, para defesa de Márcio e Diego Rosa chutando cruzado para fora.

Aos poucos, o Atlético foi se retraindo. Aos 14 minutos, Mendes acertou a trave do rubro-negro. Para tentar conter o crescimento do oponente, Mauro Fernandes tirou o meia Lindomar para o ingresso do volante Fábio Gomes.

As oportunidades eram produzida aos pares. Marcão obrigou Juninho a se esticar todo e espalmar cabeçada, aos 15 minutos. Mais duas voltas do ponteiro e Brasão, após bate-rebate, viu seu chute tirar lasca da trave.

Os dois times apresentavam um futebol totalmente diferente do da primeira etapa. As faltas diminuíram e as oportunidades de gol aumentavam. O Atlético sempre levava perigo nas cobranças de faltas de Elias. Em uma delas, ele acertou a trave. Os gaúchos não esmoreciam, tentavam a todo custo o empate. Quando não chutavam torno, os jogadores chegavam atrasados para botar a bola no gol.

Faltando 15 minutos para o fim do confronto, Wortmann partiu para o tudo ou nada, sacando o zagueiro Da Silva para o ingresso do experiente atacante Zé Carlos. A modificação teve efeito de sonífero para a equipe, que não conseguiu mais criar chances para marcar, amargando a nona derrota na Série B.