Depois de duas corridas e duas últimas colocações de Luca Badoer, a Ferrari anunciou ontem que Giancarlo Fisichella será o novo substituto de Felipe Massa até o final do ano.

Os maus resultados de Badoer apenas anteciparam a negociação do piloto da Force India com a escuderia de Maranello, que já trabalhava para tê-lo como piloto de testes a partir do ano que vem, novidade que também foi oficializada ontem.

"Escolhemos o Giancarlo porque acreditamos que ele trará uma contribuição importante em termos de pontos para o encerramento desta temporada incerta", disse Stefano Domenicali, chefe da Ferrari, que aproveitou para agradecer à Force India por liberá-lo antes do fim de seu contrato.

A primeira corrida do piloto italiano pela nova equipe acontecerá no GP da Itália, daqui a dez dias, em Monza, casa dos ferraristas. Não será, porém, a primeira vez de Fisichella no cockpit de uma Ferrari.

Ao lado de Badoer, Gianni Morbidelli e Pierluigi Martini, Fisichella guiou uma 412 T2 em 27 de setembro de 1995, em um teste da escuderia em Fiorano.

"Estou no paraíso", disse Fisichella, que ontem já deu expediente em Maranello e fez o molde do banco para o F60 de número 3 que usará nas próximas cinco etapas do Mundial.

"Durante a última semana, coisas incríveis aconteceram comigo. A pole position e o segundo lugar em Spa, e agora sou chamado pela Ferrari para guiar para eles até o fim do ano", declarou o piloto, que no último final de semana deu à Force India os primeiros pontos de sua história na F-1.

Na categoria desde 1996, Fisichella venceu três GPs e foi 19 vezes ao pódio. Sua melhor temporada foi a de 2006, quando terminou na quarta colocação o Mundial de Pilotos, correndo pela Renault. Além do time franco-inglês, o italiano de 36 anos já competiu por Minardi, Jordan, Benetton e Sauber.

"Sei que não vai ser fácil, mas farei o que puder para alcançar os melhores resultados possíveis para a Ferrari", disse ele, que afirmou estar triste por seu antecessor, Badoer, 38, que perdeu não só a vaga neste ano como no próximo também.

"Sei que ele queria muito estar em Monza com a Ferrari porque é o máximo para um italiano: correr em um carro vermelho para sua torcida."