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Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

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Renault evita fazer comentários antes de reunião com a FIA

A FIA convocou ontem a Renault a prestar esclarecimentos ao Conselho Mundial da entidade no próximo dia 21, em Paris, sobre o episódio ocorrido no GP de Cingapura de 2008.


A escuderia é acusada de violar o artigo 151c do Código Esportivo Internacional, que condena qualquer "conduta fraudulenta ou ato prejudicial para os interesses do esporte".

Segundo o comunicado divulgado pela entidade que comanda o automobilismo, o time franco-inglês terá de provar que não "conspirou com seu piloto Nelsinho Piquet para causar um acidente com o propósito de forçar a entrada do safety car para dar vantagem a seu outro piloto, Fernando Alonso".

Apesar de o episódio ter ocorrido há quase um ano, a FIA resolveu abrir uma investigação para apurar se a batida do piloto brasileiro foi premeditada, depois que novas evidências sobre o caso apareceram.

Coincidentemente elas vieram à tona poucas semanas após Nelsinho ser dispensado pela Renault em pé de guerra com Flavio Briatore, chefe da equipe e seu manager, a quem o piloto chamou de "executor".

A investigação da FIA já tem algumas semanas e membros da entidade estiveram na fábrica do time, em Enston, na Inglaterra, para recolher computadores e dados que pudessem ajudar a esclarecer o ocorrido naquela corrida em Cingapura.

O que mais causa suspeita é a maneira como Alonso venceu a primeira prova noturna da história da F-1. Depois de largar em 15º, o piloto espanhol foi o primeiro a parar para seu pit stop, na 12ª volta. Àquela altura, o ferrarista Felipe Massa liderava com tranquilidade.

Duas voltas depois, Nelsinho bateu, sozinho, justamente em um ponto do circuito em que não havia guindastes de resgate. Com seu Renault parado no circuito de rua, que não possui grandes áreas de escape, o safety car foi obrigado a entrar.

Alonso, que então ocupava o último lugar da prova, foi beneficiado e acabou assumindo a ponta do GP na 34ª das 61 voltas. Foi seu primeiro pódio no ano e o primeiro triunfo da Renault após jejum de 32 etapas.

Em Spa-Francorchamps, no último final de semana, vários membros do time foram questionados por advogados da FIA --Briatore e Alonso entre eles.

Ontem, pela primeira vez, a equipe emitiu um comunicado sobre o caso, no qual apenas afirma ter sido convocada pela FIA. "Antes da reunião a equipe não fará nenhum comentário."

Briatore, que seria o mandante da armação, não se pronunciou. Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da F-1 e sócio do italiano em um time de futebol, afirma que ele jura não saber de nada.

"Vai ser difícil provar alguma coisa", falou Ecclestone. 'Mas, se houver alguma conversa de rádio em que eles digam 'Nelson, é melhor você bater agora', o que a Renault vai poder fazer?", completou o dirigente.
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