Apesar do baixo nível técnico da Copa América, que não conta com times titulares dos EUA e da Argentina, a boa campanha da seleção brasileira masculina de basquete na primeira fase do torneio serviu ao menos para aumentar a autoestima --o time está na final da competição.

"Isso [a autoestima] é importante para todos nós, inclusive para o NBB [campeonato nacional de clubes], que ano a ano tem que ser melhor. Espero também que as meninas vençam a Copa América em Mato Grosso", disse o técnico do Brasil, Moncho Monsalve.

A classificação para a final do campeonato continental e para o Mundial da Turquia fez a equipe vislumbrar novos objetivos e sonhar mais alto. "Para mim, [conquistar a Copa América] não é um grande milagre, uma grande coisa, pois o Brasil tem um grande time. Já no Mundial, o objetivo do Brasil é estar entre os seis melhores", afirmou Monsalve.

Ciente também da baixa qualidade dos adversários, a Confederação Brasileira de Basquete faz uma análise positiva do torneio. "A avaliação é a melhor possível. O ponto mais importante é que temos a união deste pessoal que joga fora, na NBA e na Europa. O grupo está fechado", disse Carlos Nunes, presidente da entidade.

O ala Leandrinho destacou a importância de Monsalve para o bom desempenho da equipe. "Os jogadores assimilaram o sistema de jogo do técnico e os resultados são as vitórias. Sabemos que ainda precisamos corrigir alguns detalhes na parte ofensiva, o que é normal", avaliou Leandrinho.

O técnico da equipe brasileira espera até que a campanha da Copa América seja utilizada como exemplo para toda a estrutura do basquete nacional. "Não basta só desenvolver a equipe nacional. Temos que preparar os técnicos mais jovens urgentemente. Precisamos desenvolver o trabalho com crianças e adolescentes, pois o Brasil é um país grande'", avaliou Monsalve.

"Hoje, há muitas dificuldades, mas temos que aproveitar esse momento para desenvolver o esporte no país. Se não fizermos isso agora, será um grande erro", completou ele.