Dizer que o Palmeiras de Muricy Ramalho marca poucos gols fez sentido durante os sete primeiros jogos do time sob o seu comando. Agora, a equipe desandou a balançar as redes.

O problema é que a média de gols sofridos cresceu na mesma proporção, o que já provocou críticas do goleiro Marcos.

"Antes, a gente fazia poucos gols, mas marcava muito. Agora, está todo mundo saindo para fazer gol e deixando espaços atrás", afirmou o capitão da equipe, após o empate por 2 a 2 contra o Avaí, quinta-feira.

Na verdade, a proporção entre gols pró e gols contra nesses dois momentos do clube sob a batuta de Muricy permanece exatamente a mesma.

Nas sete apresentações iniciais do Palmeiras com o ex-treinador do São Paulo, o time marcou sete gols e sofreu cinco.

Nos sete duelos seguintes, a equipe quase dobrou o número de de tentos anotados. Foram 13. Em contrapartida, o goleiro Marcos teve que buscar a bola no fundo da meta nove vezes.

"Poderíamos ter perdido por uns quatro gols. A gente cometeu alguns erros na defesa. E tivemos que correr atrás do resultado", afirmou o arqueiro sobre o jogo contra o Avaí.

De fato, a partida disputada ontem no Parque Antarctica poderia ter terminado, no mínimo, com mais dois tentos para cada lado, tamanho o número de chances criadas.

Segundo o Datafolha, o Avaí chutou 14 vezes a gol, sete delas na direção certa. Já os donos da casa arriscaram 23 conclusões, mas apenas seis foram no alvo.

O Palmeiras lidera o Brasileiro, com 54 pontos, cinco a mais do que o segundo colocado, o São Paulo. Amanhã, segunda-feira, o time vai enfrentar o Náutico, no Recife, sem cinco titulares: Armero e Diego Souza, que estão com as suas seleções, e Edmilson, Obina e Vagner Love, suspensos. Já o zagueiro Maurício volta ao time depois de ter cumprido suspensão.