Bruno Senna confessou que sofreu resistência por parte da família no começo de sua carreira. Abalada pela morte do irmão, o tricampeão Ayrton Senna, a mãe do piloto, Viviane, não acreditou em seu retorno ao automobilismo, dez anos depois de largar o kart.

- Foi um momento triste, porque eu estava perdendo alguém da minha família e a referência em minha carreira, mas, em relação ao meu amor por carros, não mudou nada. Se eu pudesse continuar, provavelmente continuaria. Especialmente no início, houve muita resistência da minha família. Minha mãe não acreditou que era sério, meu avô foi completamente contra. Então foi um começo difícil – contou o piloto, em entrevista à Reuters.

Aos 25 anos e recém-contratado pela Campos, Senna já sabe que será o centro das atenções na temporada 2010. Mas não teme a pressão que sofrerá na categoria máxima do automobilismo.

- Sempre tive o peso da expectativa, a exigência e a pressão sobre mim. Desde a minha primeira corrida, sempre tive ao redor equipes de TV, pessoas dando suas opiniões sobre minha pilotagem quando eu não tinha qualquer experiência e me comparando ao Ayrton, quando eu estava no meu primeiro ano na F3. Sei que a pressão se tornará muito mais forte na F1, porque estarei muito mais exposto às opiniões de todos. Tenho que acreditar em mim mesmo e definir metas viáveis e razoáveis - disse.

As principais metas já foram traçadas. E a prioridade para a próxima temporada é chegar, pelo menos uma vez, à zona de pontuação.

- Este é o começo de um sonho se tornando realidade. Acho que vai ser muito difícil, preciso me esforçar muito para fazer acontecer. Se pudesse, gostaria de ganhar corridas, mas o primeiro objetivo é ser a melhor das novas equipes em todas as provas. E marcar pontos, também. Queremos marcar pontos. E acho será possível - finalizou