Contratado pela Virgin para a próxima temporada da F1, Lucas di Grassi, 25, ainda nem disputou sua primeira corrida na categoria, mas já tem ideia do que fazer quando abandonar as pistas.

O piloto brasileiro revelou nesta quinta-feira que pretende continuar no automobilismo quando parar de correr. Seu desejo é trabalhar em uma equipe ou até mesmo construir sua própria escuderia.

"Sempre pensei em fazer engenharia ou economia para depois ter uma equipe. A carreira de um esportista é curta. Então, ainda penso nisso", disse Di Grassi, que culpou sua mãe pelo desejo de continuar estudando.

"A cada ano, eu tinha que decidir se iria continuar no automobilismo ou me dedicar só aos estudos. Minha mãe não queria que eu corresse, mas me deixava competir se eu fosse bem na escola. Então, eu estudava muito."

O chefe-executivo da Virgin, Alex Tai, elogiou a capacidade intelectual do piloto e até brincou sobre o conhecimento que ele possui de carros de corrida.

"Se não oferecêssemos um emprego de piloto, daríamos uma vaga de engenheiro, porque ele entende muito do comportamento dos carros", disse o chefe da escuderia.

Após ser apresentado na terça como titular da Virgin para 2009, Di Grassi passou a quarta-feira ao lado do seu companheiro de equipe, o alemão Timo Glock (ex-Toyota), fazendo testes no simulador da equipe.

O brasileiro retorna à Inglaterra no começo do ano para dar sequência à preparação para sua estreia na F-1. O primeiro teste de pista do carro do time novato está previsto para fevereiro.

A temporada 2010 da F-1 começa no dia 14 de março, com o GP do Bahrein. Além de Di Grassi, outros três brasileiros estão confirmados no grid: Felipe Massa (Ferrari), Rubens Barrichello (Williams) e o também estreante Bruno Senna (Campos).