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Quinta-feira, 01 de agosto de 2024

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Argentino "tagarela" do luge sugere até demissão de Maradona

A atmosfera do luge ficou pesada desde a morte do geórgio Nodar Kutarashvili ainda nos treinos no Sliding Centre, em Whistler, na última sexta-feira, às vésperas da cerimônia de abertura da Olimpíada de Inverno.


No entanto, um argentino "tagarela", palestrante motivacional fora das competições, virou sensação nas provas de luge e ajudou a transformar a atmosfera do esporte nos Jogos de Vancouver.

Aos 47 anos, Ruben Gonzalez não tem perfil de atleta. Nascido em Campana e morando nos Estados Unidos desde os seis anos, o argentino tem 1,83, 90 kg e uma barriguinha visivelmente saliente.

Em Vancouver, a sua quarta Olimpíada, ele foi o último colocado entre os 38 participantes, fazendo quatro descidas terríveis pela pista de gelo do Sliding Centre. Mas a sua performance não importava.

"Estou feliz com o meu desempenho. Tudo funcionou bem", disse González, depois de ser o último colocado e ter ficado a 5s do penúltimo, o búlgaro Ivan Papukchiev.

Depois da sua última descida, ele passou por quase todas as baias da imprensa e demorou mais de 30 minutos para completar o percurso na zona mista. Foi a "sensação" e deu abraços até em jornalistas, sendo tão procurado quanto o alemão Felix Loch, o novo campeão olímpico.

"Speedy" Gonzalez comenta e fala sobre tudo e pede até mudanças na seleção argentina para a Copa de 2010. "Vocês (brasileiros) irão vencer outra vez. Ficarei feliz se formos pelo menos para a segunda fase. Precisamos de um novo técnico", diz o atleta do luge, que pede a saída de Diego Maradona.

Os seus olhos se enchem de lágrimas, no entanto, quando fala sobre Kutarashvili. O argentino disse que parou pela primeira vez de competir depois dos Jogos Olímpicos de Salt Lake City, em 2002, mas voltou seis anos depois em uma prova na Letônia, quando conheceu o atleta geórgio.

"Nós nos entendemos. Ele me ajudou muito, me ensinando em gestos, apesa de ele falar apenas russo e eu em inglês e espanhol", disse. "Eu acompanhei a volta (fatal) dele e tinha até pensado comigo mesmo: 'que tempo fantástico ele vai fazer'. Mas de repente ele cometeu um erro e aconteceu a tragédia. Podia ter sido comigo, com qualquer um, em um dia ruim. Mas felizmente arrumaram a parte debaixo (aumentando o muro) e a pista ficou segura de novo", completou.

O argentino afirmou que começou no luge em 1984 após ficar encantado com o desempenho do patinador artístico canadense Scott Hamilton. Depois disso, ele disputou três Jogos Olímpicos antes de ir a Vancouver.

Gonzalez reafirmou que a competição no Canadá marcou a sua despedida das pistas de luge. "Foi o fim. Quero ficar perto dos meus filhos: tenho um menino com cinco anos e uma menina, com nove. É difícil ficar longe deles, mesmo por Skype é complicado", disse.

Ao final da entrevista, o argentino já parou no jornalista seguinte e, com a calma e a eloquência característica, voltou a falar sobre o seu desempenho e as suas histórias.

Jogos Olímpicos de Inverno no Terra

O Terra transmite ao vivo a competição em 15 canais simultâneos de vídeo. Além disso, os usuários têm a possibilidade de assistir novamente a todo o conteúdo a qualquer momento. Todo o acesso é gratuito.

Uma equipe de 60 profissionais está encarregada de fazer a cobertura direto de Vancouver e dos estúdios do Terra, em São Paulo, no Brasil, com as últimas notícias, fotos, curiosidades, resultados e bastidores da competição.

A equipe conta com a participação do repórter especialista em esportes radicais Formiga - com 20 anos de experiência em modalidades de neve -, e o pentacampeão mundial de skate Sandro Dias, que comenta a competição em seu blog no Terra.

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