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Sábado, 27 de julho de 2024

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Em nota, pilotos criticam preço de superlicença

Pela primeira vez publicamente, os pilotos da Fórmula 1 reclamaram do preço cobrado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para a emissão da superlicença, documento obrigatório para se pilotar um carro da categoria. Neste sábado, a Associação de Pilotos de Grandes Prêmios (GPDA) soltou um comunicado criticando o sucessivo aumento nos últimos anos.


Para 2009, a superlicença custa 10,4 mil euros (cerca de R$ 30,3 mil) fixos mais 2,1 mil (cerca de R$ 6,1 mil) por cada ponto conquistado na temporada anterior. Desta forma, o brasileiro Felipe Massa terá que desembolsar nada menos que 214,1 mil euros (cerca de R$ 624,6 mil) para lutar pelo sonhado título mundial este ano.

Em 2007, os preços eram de 1,7 mil euros (cerca de R$ 4,9 mil) pelo documento mais 456 euros (cerca de R$ 1,3 mil) por ponto. Ou seja, se os preços fossem mantidos, o ferrarista faria uma grande economia, gastando 45,9 mil euros (cerca de R$ 133,9 mil) para competir.

A insatisfação dos pilotos foi divulgada em meados de janeiro pela publicação especializada AutoSport que acrescentou a orientação da GPDA para que os pilotos não fizessem a "carteirinha" até que se chegasse a um consenso - no entanto, competidores importantes como Felipe Massa, Kimi Raikkonen e Lewis Hamilton não fazem parte da entidade.

"Estes aumentos foram feitos sem uma prévia consulta aos pilotos, que ficaram sabendo dele ao receberem as faturas através das equipes e pela imprensa em janeiro. (...). Não somos contrários a um aumento racional, mas ele deve cobrir os custos administrativos e outros relativos à manutenção das licenças. Portanto, nos oferecemos a pagar a quantia de 2007 acrescida da inflação que houve desde então", afirma o documento da GPDA.

O argumento da FIA de que as taxas da superlicença são revertidas para a segurança dos competidores foi rebatido. "É dever das equipes oferecer um carro seguro, é dever dos circuitos fornecer segurança e é dever dos fabricantes fornecer equipamentos seguros. Essas taxas não devem ser uma fonte de receita para a FIA", destacou o comunicado.

A GPDA ainda ressaltou que a superlicença mais próxima dos valores praticados pela Fórmula 1 é a da Nascar, onde cada piloto gasta cerca de 4 mil dólares (cerca de R$ 9 mil) por temporada.


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