O técnico brasileiro Carlos Alberto Parreira já está comandando o segundo grande ciclo de preparação da seleção da África do Sul para a Copa do Mundo deste ano. Depois do Rio de Janeiro, ele levou a equipe para a Alemanha. Mas mesmo com tanto tempo para trabalhar, ele pode não encontrar rapidamente o time ideal para a disputa do torneio.

Isso porque ele ainda não conta com os jogadores sul-africanos que jogam em clubes europeus. “Eu adoraria já poder ter os jogadores que atuam no exterior. Infelizmente, eles não foram dispensados pelos seus clubes e não há nada que eu possa fazer em relação a isso. Tenho de trabalhar com o que está disponível.”

“O mais importante é identificar alguns jogadores dos times locais e, quando os ‘estrangeiros’ estiverem disponíveis, unir os dois grupos. É como construir uma casa. Você não pode querer colocar os móveis dentro dela quando ainda falta o teto. É preciso fazer as coisas passo a passo. É um trabalho que requer paciência e habilidade”, completou, em entrevista ao site da Fifa.

Mesmo com os atletas da África do Sul não sendo destaques de suas equipes na Europa, o treinador brasileiro não está preocupado com que eles se apresentem fora de ritmo. “Facilitaria muito o meu trabalho se eles estivessem jogando. Mas não há muito a fazer quanto a isso. Precisamos aprender a trabalhar com o que temos à mão. Para a Copa do Mundo é preciso contar com jogadores em forma”, explicou.

“Por exemplo, o Pienaar [do Everton, da Inglaterra] não será um problema, ele está indo muito bem na Liga Inglesa e não precisa de muito treinamento físico, já que joga sempre. O mesmo vale para o Tsepo Masilela [do Maccabi Haifa, de Israel], que atua com frequência. Precisamos de mais homens como o Pienaar na nossa equipe”, completou.