O deputado federal e relator da Comissão Especial do Código Florestal Brasileiro, Aldo Rebelo (PCdoB/SP), em palestra em Cuiabá nesta terça-feira (4) durante o Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária, alertou que Mato Grosso tem sido vítima "de uma campanha sórdida e criminosa de Organizações Não Governamentais (ONGs), financiadas por países estrageiros e empresas multinacionais".

O deputado,palestrando sobre o o Novo Código Floresta Brasileiro, ressaltou o quanto é complicada a ocupação do território mato-grossense pela produção agropecuária, principalmente por conta da interferência de outras nações que "não fizeram seu dever de casa" e querem obrigar o Brasil a ter uma postura que eles não tiveram.

Incisivo, Rebelo criticou a atuação da organização ambientalista Greenpeace como exemplo. "O Greenpeace veio para o Brasil, paga meia dúzia de alguns que não fazem nada e desenvolvem jovens mal informados. [...] Aposto que o salário de um diretor deles é maior que a renda de 90% dos pecuaristas", alfinetou.

O relator da Comissão relembra a ocupação de outros estados da federação e questiona o que é tão diferente na ocupação de Mato Grosso que não houve nos outros estados, para que aqui gere tanta 'intromissão'. Rebelo cita a construção de Brasília, há 50 anos, cuja localização servia de incentivo para que os brasileiros ocupassem cada vez mais a região Centro-Oeste, e faz um contraponto com a situação atual, que desenha um cenário de condenação a essa ocupação. "Ocupar um território é produzir, é ter agricultura, pecuária, ter cidades, escolas, ter vida".

"O código florestal é uma esquina por onde passa muita confusão. É uma confluência de interesses", compara Aldo Rebelo. Ele afirma que nesta quarta-feira (5) a comissão irá votar um cronograma, a partir do qual se saberá quando o relatório, que já está quase pronto, poderá ser votado. "Minha vontade e minha expectativa são que o relatório possa ser votado ainda este mês", diz o deputado.