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Sábado, 20 de julho de 2024

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Bolha de metano causou explosão de plataforma de petróleo no Golfo do México

A explosão da plataforma petrolífera Deepwater Horizon, no golfo do México, foi provocada por uma bolha de gás metano que escapou do poço, foi lançada pela coluna de perfuração e se expandiu rapidamente --porque rompeu várias barreiras e lacres de cimento antes de explodir.


A plataforma, que pertence à empresa suíça Transocean e estava sendo operada pela BP, explodiu no dia 20 de abril e afundou na quinta-feira seguinte, depois de ficar dois dias em chamas.

Explosão matou 11 trabalhadores da plataforma, e provocou o derramamento de até 3 mi de galões de petróleo

A explosão matou 11 trabalhadores da plataforma, e provocou o derramamento de até 3 milhões de galões de petróleo bruto no golfo. O vazamento de petróleo ameaça a costa dos EUA.

As informações sobre a origem da explosão foram obtidas a partir de entrevistas com operadores do equipamento durante investigação interna da empresa BP.

Hoje, uma fornecedora da empresa BP afirmou que a câmara de aço levada até o fundo do mar no golfo do México para conter o vazamento estava a uma profundidade de 1,5 km, mas teve que ser afastada porque houve formação de cristais de gelo por dentro dela.

"Não podemos dizer que fracassamos [com a caixa], mas posso dizer que as tentativas que desenvolvemos até agora não funcionaram", disse, em entrevista coletiva, o diretor de operações da BP, Doug Suttles.

A instalação da caixa, de cem toneladas e altura de um prédio de três andares, é uma das grandes esperanças para canalizar o vazamento de óleo do poço, que derrama a cada dia no mar cerca de 800 mil litros de petróleo.

Investigação

Embora a causa da explosão ainda esteja sob investigação, a sequência dos eventos descritos nas entrevistas fornece mais detalhes da explosão de 20 de abril.

Partes das entrevistas (duas escritas e uma gravada), foram descritas pelo engenheiro Robert Bea, professor de engenharia da Universidade de Berkeley, na Califórnia

Com base nas entrevistas, Bea acredita que o conjunto dos trabalhadores testou um lacre de cimento no fundo do poço.

Em seguida, eles reduziram a pressão na coluna de perfuração e tentaram definir um segundo lacre abaixo do fundo do mar. A reação química causada pelo cimento teria criado calor e uma bolha de gás metano, que destruiu o lacre.

Nas profundezas do oceano, o metano tem forma cristalina. À medida que a bolha se levantou a coluna de perfuração em alta pressão, intensificou e cresceu, rompendo diversas barreiras de segurança.
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