O secretário do Meio Ambiente, Alexander Torres Maia, disse que o REDD (Programa de Redução Certificada de Emissões do Desmatamento e da Degradação) precisa contemplar situações extremas em relação ao estágio de destamamento registrado nos estados que formam a Amazônia Legal. "Os programa precisa entender a dinâmica dos Estados amazõnicos, tanto de Mato Grosso, que é um Estado produtor de alimentos, quando Amazonas, que tem 98% de seu território preservado", afirmou.
Maia, que participa de uma audiência pública na Comissão de Meio Ambiente da Câmara fedeeral, em Brasília, disse que o Estado de Mato Grosso tem adotado uma série de inicaitivas para manutenção da floresta em pé. "A primeira medida foi a criação da SEMA, e o aumento do nosso quadro de pessoal, que era 230 em 2005 e hoje tem quase mil servidores", acrescentou.
Ele destacou que a adoção de alguns programas e parcerias contribuíram para a redução do desmatamento nos últimos seis anos. "Até 2004, o Estado de Mato Grosso era apontado como campeão de destamamento, com 12 mil quilômetros quadrados derrubados. Ano passado, após inúmeros avanços da nossa política ambiental, a área desmatada chegou a pouco mais de dois mil quilômetros quadrados", salientou.
O secretário lembrou que a Sema trabalha com uma perspectiva de redução dos custos de produção agrícola em Mato Grosso. Segundo ele, as obras nas área de infra-estrutura de transportes, com a pavimentação de rodovias e a construção de novas estradas de ferro, farão o custo de produção passar, em três anos, de US$ 120 por tonelada de grão para US$ 70 dólares por tonelada. "Estamos trabalhando com esta perspectiva e precisamos definir marcos regulatórios em escala federal para garantir a compensação financeira do nosso produtor rural", destacou.
Também está sendo debatido o projeto de lei 5586/09, do deputado Lupércio Ramos (PMDB/AM), que remunera os produtores rurais que preservarem a floresta em pé. O debate foi sugerido pela relatora da proposta, deputada Rebecca Garcia (PP-AM). Ela quer aperfeiçoar o projeto, que espera aprovar ainda neste semestre.
