A Operação Jurupari, apesar de ter prendido servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), inclusive o ex-secretário Luis Daldegan e dois ex-adjuntos, Afrânio Migliari e Alex Sandro Marega, por acusações de envolvimento com uma quadrilha que facilitava a emissão fraudulenta de planos de manejo e licenças ambientais, não terá grandes reflexos na gestão da Secretaria. A afirmação foi feita pelo secretário Alexander Maia, nesta quarta-feira, em entrevista ao Olhar Direto e Rádio Meridional, em Sinop.

“A operação, no que diz respeito à Secretaria, ela não vai causar grandes modificações. Estive em reunião com o Perazzoni, delegado da Polícia Federal, nesta semana, e deveremos ter nos próximos dias uma reunião de condução, para analisar quais modificações podem ser feitas no sistema, para dificultar ainda mais as ações de pessoas de má índole que queiram burlar o sistema”, explanou Maia.

Na avaliação de Alexander, as investigações, que duraram mais de dois anos, mostraram que apenas “meia dúzia” de servidores da Sema se envolveu com irregularidades na condução de liberação de planos de manejo e licenças. “Foram mais de dois anos de escutas telefônicas das mais diversas, de acompanhamento individual e, das 250 pessoas investigadas, apenas cinco servidores da Sema foram acusados de alguma forma pela Polícia Federal, dos quais apenas dois apresentaram indícios de recebimento de vantagens indevidas”.

O secretário afirma que é momento de acreditar nos trabalhos da Sema que, na opinião dele, tem desenvolvido políticas corretas para o meio ambiente. “Estamos no caminho certo, o Estado de Mato Grosso cresce com grande volume de produção de grãos e que, mesmo assim, continua a preservar e usar de maneira correta seus recursos naturais”.

Alexander maia esteve em Sinop em visita de cortesia ao prefeito Juarez Costa (PMDB) e participando do lançamento da campanha “Sinop Sem Fogo”, que pretende diminuir os focos de queimadas urbanas e rurais no município.