Vinte e um municípios no Amazonas permanecem em situação de emergência por causa da seca. Os agricultores têm dificuldade para escoar a produção.

Na fronteira do Brasil com a Colômbia, região conhecida como Alto Solimões, os rios ainda estão baixando, mas em ritmo mais lento. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), ainda não é o fim da vazante na Amazônia, que deve durar até meados de outubro.

No Rio Negro, o nível da água está descendo dez centímetros por dia. É bem menos que nas últimas semanas. Mas, para os agricultores do interior do Amazonas, ainda está longe o fim das dificuldades trazidas pela estiagem desse ano.

O agricultor José da Silva planta mandioca, banana e abacaxi no município de Barreirinha. O rio que ligava o sítio dele à cidade secou e agora ele não tem como escoar a produção.

No município de Manacapuru, no Rio Solimões, os produtos agrícolas chegam ao mercado municipal machucados e mais caros. "O verão está muito forte. Não tem como vingar as frutas. Estou com dois hectares plantados e não vou tirar nem para comer", disse o agricultor Manoel Santiago.