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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Japão e Bolívia obstaculizam avanços em Cancún

As divergências que Japão e Bolívia têm em diferentes aspectos com as demais delegações que participam da Cúpula das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP-16), em Cancún, no México, obstaculizam nesta sexta-feira os avanços das negociações sobre a redução de emissões poluentes.


Fontes diplomáticas disseram que apesar desses empecilhos, "houve bastantes progressos nos grupos de trabalho", que se reuniram praticamente durante toda a noite e que esta manhã têm que expor suas conclusões ao plenário. "Há um texto de compromisso", acrescentaram as fontes, que assinalaram que o documento se refere à "forma legal" do futuro acordo e em como "ancorar" os compromissos de diminuição que se adotaram de maneira voluntária pelos países durante a cúpula de Copenhague de 2009.

A presidente da conferência e chanceler mexicana, Patricia Espinosa, apresentará aos países um texto que traz os pontos de acordo, e começarão a trabalhar sobre as divergências. As mesmas fontes explicaram que junto aos progressos há assuntos menos avançados como o do mecanismo de monitoração, reporte e verificação, que dividiu estes dias sobretudo a China e outros países emergentes com os mais industrializados.

"Foi uma noite muito difícil", disseram as fontes, ao mesmo tempo em que acrescentaram que "no grupo ainda há muitas opções abertas. Durante o dia vai se trabalhar para deixá-las reduzidas a duas ou três, e para que para a madrugada reste apenas uma".

Um empecilho inesperado apareceu na questão sobre desmatamento, onde a posição da Bolívia, contrária a que se estabeleçam mecanismos de mercado para a gestão das florestas, paralisou as negociações, indicaram as fontes, assinalando que o país "abandonou a reunião e o grupo de trabalho foi suspenso".

A posição do Japão, que conta com o respaldo da Rússia, Bielorússia e Canadá, e sua firme negativa a que haja uma ampliação do Protocolo de Kioto (1997), uma vez que expira dentro de dois anos, é outro dos pontos conflituosos desta negociação.
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