Os 28 servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) acusados de corrupção em esquema de extração e transporte ilegal de madeira. Ambos foram investigados pela Polícia Federal durante a operação Curupira, deflagrada em 2005, e se mantinham lotados no órgão ocupando funções administrativas.

A quadrilha atuava há 14 anos e era composta por empresários madeireiros e despachantes especializados na extração e transporte ilegal de madeira, além de servidores do Ibama. Na operação foram apreendidos carros importados, uma lancha e até um avião.

Entre as fraudes cometidas pelos servidores do Ibama está a venda de Autorizações para Transporte de Produtos Florestais (ATPFs) para empresas fantasmas. A investigação também descobriu que algumas autorizações já preenchidas passavam por um processo de lavagem química para serem novamente utilizadas.

O documento, fabricado pela Casa da Moeda e controlado pelo Ibama, serve para acompanhar o transporte e a origem da madeira. Os servidores acusados emitiam ainda falsos laudos de vistoria e autorizavam ilegalmente a exploração em terras indígenas. As madeiras eram exportadas ilegalmente também para a China.