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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Pesquisadores avaliam mudanças provocadas pelas chuvas em Itaipava

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e representantes do Ministério Público do estado se reuniram em Itaipava, na Região Serrana, para avaliar as mudanças geológicas provocadas pela enchente no Vale do Cuiabá, uma das áreas mais destruídas. No encontro, também foi discutida a reativação de um sistema de alerta para a população.


As chuvas na Região Serrana do Rio mataram no total 852 pessoas desde terça-feira (11), segundo prefeituras. Na sexta (28), dois corpos foram encontrados no Vale do Cuiabá, em Petrópolis. Já o número de desabrigados e desalojados chega a quase 30 mil em toda a região.

Uma imagem de satélite mostra como era a região do Vale do Cuiabá há 5 anos, uma região de mata verde e com inúmera habitações às margens do Rio Santo Antônio. Depois de um levantamento feito por especialistas após as chuvas, o novo mapa da localidade apresentou áreas em laranja que representam deslizamentos de terra e pedras, além da enchente que atingiu o vale.

Os morros tiveram a geografia alteradas e o curso do rio ficou mais largo. “Houve uma mudança muito forte na geomorfologia dessas principais bacias atingidas, mas prevista pelos modelos geomorfológicos, e isso se transformou numa catástrofe justamente porque as pessoas estavam nos locais onde elas não deveriam estar”, disse o pesquisador Bruno Coutinho, da UFRJ.

Panorama
Geólogos, engenheiros e biólogos se reuniram com representantes do Ministério Público do Rio para apresentar à sociedade um panorama da tragédia causada pelas chuvas e um planejamento das ações emergenciais. A intenção é reativar um sistema de prevenção e alerta, que segundo o MP-RJ, já existe na região.

“Simplesmente o que a gente perceber que tudo isso foi jogado fora. A questão é revitalizar o sistema de alerta, que nós não sabemos em que situação se encontra, e provocar novamente o movimento social, o controle social”, explicou a procuradora de Justiça Denise Tarim.

Diagnóstico estará na internet

O diagnóstico apresentado na reunião será disponibilizado para toda a população pela internet. Os pesquisadores querem também que o estudo seja utilizado pelos órgãos públicos como instrumento para recuperação de áreas devastadas, e que seja criado um sistema nacional de segurança ambiental.

“A gente está iniciando um trabalho e para demonstrar como um projeto até piloto que é possível com mobilização social e com base científica a gente criar um sistema que começa no local e pode ser criado em todo o espaço nacional”, afirmou a pesquisadora Yara Valverde, da UFRJ.
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