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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Umidade chega a menos de 30% em estados do Centro-Oeste do país

Foto: Divulgação

Umidade chega a menos de 30% em estados do Centro-Oeste do país
Mapa do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica que grande parte da região central do Brasil está com umidade relativa do ar abaixo de 30%, índice considerado crítico pela Organização Meteorológica Mundial. A área atingida pelos índices mais baixos de umidade equivale a mais ou menos o tamanho dos estados de Goiás e Tocantins juntos (veja mapa abaixo).


A situação mais crítica está no estado de Goiás e no Distrito Federal, onde, em alguns momentos do dia, a umidade alcança 20%. Além dos estados do Centro-Oeste, também são afetados pela seca o oeste e o norte de São Paulo; Minas Gerais, com exceção do sul e do leste do estado; o centro-oeste da Bahia e o sul do Piauí.

A meteorologista Morgana Almeida, do Inmet, explica que as massas de ar seco são comuns no inverno. A distância do oceano é outro fator que explica a baixa umidade no centro do país.

“A explicação predominante para a baixa umidade é o inverno, que tem temperaturas amenas e tempo seco. O chamado efeito continentalidade, que é a distância do oceano, explica por que em algumas regiões os índices são menores”, explica Morgana.

A meteorologista do Inmet alerta que, no fim do inverno, nos últimos dias de agosto e início de setembro, o tempo seco pode se intensificar. “Com a elevação natural da temperatura no fim do inverno, aumenta o fenômeno de evaporação e a umidade cai”, avisa.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, o ideal para o corpo humano é uma umidade acima de 65% e temperatura de 24 graus. Quando o índice fica abaixo de 30%, quadro considerado crítico pela Organização Meteorológica Mundial, as autoridades locais devem ser alertadas.

Sintomas no corpo
O médico Maurício Menezes de Souza, que atua na área de clínica médica lembra que, entre as consequências do tempo seco no corpo humano está o ressecamento de mucosas. “Por causa desse ressecamento, o nariz e os olhos podem ficar irritados. No nariz, como os vasos são muitos superficiais, o ressecamento pode causar sangramento”, explica.

Outra consequência relacionada ao ressecamento da mucosa do nariz é a maior vulnerabilidade a viroses. “Com a umidade natural da parede do nariz, vírus e bactérias aderem e ali morrem. Com a mucosa seca, o nariz perde essa capacidade de filtro”, afirma Menezes.

Já nas peles mais sensíveis, a secura pode causar fenômenos alérgicos, como a dermatite atópica, lembra a dermatologista Cristiane Dal Magro. “Outro fenômeno relacionado ao tempo seco é o eczema, que gera inflamação e irritação, com formação de placas vermelhas e engrossamento da pele”, diz a médica.

O clínico Maurício Menezes lembra que a hidratação é fundamental para evitar os transtornos da baixa umidade no corpo. “Existe um equilíbrio de água no nosso organismo. Para mantê-lo, a pessoa deve ingerir de dois a três litros de água pura ou em sucos. A bebida alcoólica não é recomendada para hidratar, porque o álcool inibe o hormônio antidiurético, o que faz com que a água do corpo seja eliminada mais rapidamente.”

A dermatologista Cristiane Dal Magro lembra que, para a hidratação da pele com creme ser mais efetiva, é importante fazê-la em até três minutos após o banho. “Chamamos essa orientação de dica de ouro da hidratação. É nesse período que a pele absorve melhor os princípios ativos do hidratante”, ressalta.

Incêndios no DF
No Distrito Federal, não chove há pouco mais de um mês. O Corpo de Bombeiros calcula que nesse período de estiagem já foram registradas 830 ocorrências de incêndio em áreas verdes. Pelos dados dos bombeiros, até 12 de julho cerca de 955 hectares foram destruídos, o que equivale a cerca de 950 campos de futebol.

Quando considerados apenas os meses de maio e junho, houve uma queda de 50% nas ocorrências em comparação com o mesmo período de 2010.

“Esperamos que esses números continuem menores, mas isso não está no nosso controle. Um dos motivos para ter tido essa redução foi que choveu no mês de junho. O problema é que o período de seca pode se prolongar”, destacou o major Marco Antônio Apolônio, do Grupamento de Proteção Ambiental.

De acordo com o major Mauro Sérgio de Oliveira, do Corpo de Bombeiros, o mês de agosto costuma concentrar o maior número de ocorrências de incêndio. “Em agosto de 2010, tivemos 890 chamados”, revela.
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