Representantes da multinacional Enviro Fuels Manufactoring estiveram nesta semana em Cuiabá para mostrar o fogão ecológico, um produto inovador que além de preparar alimentos, filtra água e gera energia elétrica. Segundo o representante da empresa no Brasil, Marcos Amaral, Mato Grosso é sondado como uma das prováveis sedes de instalação da empresa, que fabricará para toda a América Latina.
“Mato Grosso está localizado em um ponto estratégico do continente e isto está sendo levado em conta”, adianta Amaral. De acordo com ele, a nova indústria deverá ser instalada em cerca de um ano e irá gerar milhares de empregos. A idéia é instalar duas indústrias na América Latina para atende todo o continente. A empresa tem sede no Rio de Janeiro.
Como funciona
“É como uma turbina de avião”, simplifica Larry Hunt, presidente da empresa. A ‘caldeira’ não desperdiça energia como os demais fogões. “Prova disso é que você pode encostar nele que não sente o calor, tudo fica concentrado lá dentro”, explica. “Cerca de 75% da energia é desperdiçada nos fogões comuns”.
O fogão ecológico é movido a carvão mineral, que é aceso com a ajuda de um catalisador. “Não sai fumaça”, lembra Hunt. Dentro da chamas passa um cano que absorve a energia térmica e a transforma em energia elétrica, que é armazenada em um pequeno gerador que vem acoplado no eletrodoméstico futurístico. “Uma hora cozinhando, e você consegue alimentar 3 lâmpadas por 8 horas”, diz Amaral.
“Você não vai abastecer uma geladeira com essa energia, mas pode alimentar lâmpadas, carregar celulares e notebooks”, conta Hunt.
Outro ponto inovador no produto é a filtragem de água. O complemento parece uma panela de pressão. A água é colocada no interior, entra em ebulição, passa por um cano e é condensada novamente. Já sai potável.
“É um produto para pessoas sem recursos, que vivem em situações adversas, indígenas etc”, dia Amaral. Ainda não se foi levantado o valor que o produto terá quando produzido no Brasil. “Em outros países, custa U$ 90 o fogão e U$ 60 todos os complementos”, completa. O fogão já é comercializado, por exemplo, na República Remocrática do Congo.
