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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Amazonas dá licença ambiental para obra de porto no Encontro das Águas

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) concedeu nesta terça-feira (2) a licença ambiental para a construção de um terminal portuário na altura do Encontro das Águas (confluência do Rio Negro, de água escura, com o Rio Solimões, de água barrenta), em Manaus, um dos pontos turísticos mais importantes da Amazônia.


A contrução é polêmica, já que ambientalistas e moradores de um bairro da cidade querem o porto em outro lugar. O movimento que se opõe à construção alerta para possíveis danos ambientais e sociais irreversíveis.

Em novembro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou o tombamento do Encontro das Águas do Rio Negro com o Solimões, em Manaus, no Amazonas. Isso, no entanto, não impede a obra, apenas implica que condicionantes de conservação do patrimônio histórico tenham que ser cumpridas.

De acordo com o Ipaam, a licença concedida tem 16 condicionantes, entre elas uma que obriga o empreendedor a fazer um levantamento arqueológico do local.

A companhia que quer fazer a obra, a Lajes Logística (associação da Juma Participações, empresa sediada em Manaus, com a Log-In Logística Intermodal, um dos maiores operadores logísticos do Brasil, que surgiu como subsidiária da Vale e abriu capital em 2007) acena com a criação de centenas de empregos e investimento de mais de R$ 200 milhões.

Se sair do papel, o Porto das Lajes ocupará um terreno de 600 mil metros quadrados (150 mil deles construídos). O terminal terá capacidade de receber dois navios de grande porte simultaneamente.

Moradores da Colônia Antônio Aleixo, bairro onde o terminal portuário deve ser construído, se opõem à construção. Organizações locais, o Conselho de Direitos Humanos da Arquidiocese e ambientalistas de Manaus se uniram no movimento SOS Encontro das Águas, e alegam que o porto vai causar dano à atividade turística pelo impacto paisagístico.

Eles defendem que a poluição e o trânsito de navios vão prejudicar a pesca e as atividades de lazer da comunidade local.Segundo o projeto, o terminal deve se situar próximo ao Lago do Aleixo, localizado na beira do rio, onde os moradores da Colônia Antônio Aleixo pescam e nadam.
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