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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Autorização à petroleira para perfurar poços no Ártico revolta ecologistas

O governo americano abriu o caminho para os planos da gigante do petróleo anglo-holandesa Shell de iniciar a perfuração de poços de exploração no Oceano Ártico a partir do próximo ano, uma decisão "indesculpável" para os ecologistas.


O Departamento do Interior dos Estados Unidos aprovou com condições a proposta da Shell para perfurar quatro poços de exploração em águas pouco profundas do Mar de Beaufort do Alasca (noroeste) a partir de julho de 2012, informou a Agência Nacional de Administração, Regulamentação e Aplicação de Energia Oceânica (Boemre na sigla em inglês) em um comunicado.

A aprovação definitiva requer que a Shell obtenha permissões de outras agências americanas, como a Agência de Proteção Ambiental, o Serviço de Pesca e Vida Silvestre e o Serviço Nacional de Pesca Marinha. "Baseamos nossas decisões em relação à exploração energética e o desenvolvimento no Ártico na melhor informação científica disponível", disse o diretor da Boemre, Michael Bromwich.

A agência revisará as atividades da Shell para garantir que estas aconteçam "de maneira segura e ecologicamente responsável", disse. A Shell recebeu a notícia com "otimismo cauteloso" sobre as perspectivas de negócio no Alasca.

Críticas
Os ecologistas, no entanto, criticaram a decisão como "perigosa e decepcionante". Também destacaram que coloca em situação de risco ambiental a região remota, sua flora e fauna, além das comunidades nativas.

Uma declaração respaldada pelos grupos ambientalistas Centro para a Diversidade Biológica, Sierra Club e Alaska Wilderness League destaca que a medida ignora uma grande quantidade de inquietações apresentadas pelas mesmas agências americanas durante o catastrófico vazamento de petróleo da BP em 2010 no Golfo do México.

"A decisão da Boemre de desconsiderar a ciência e apostar com uma região que é crucial para as ameaçadas baleias da Groenlândia, focas, ursos polares e outra fauna marinha da qual dependem tanto as comunidades indígenas para sua subsistência é indesculpável", afirmou a advogada de Earthjustice, Holly Harris.
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