Mato Grosso tem 15% das áreas desmatadas da floresta da Amazônia Legal substituídas por agricultura anual, enquanto o comparativo geral da Amazônia o percentual é de apenas 5%. Nessas áreas predominam culturas como grãos de ciclo anual. Isto corresponde uma área de quase 31 mil quilômetros quadrados (Km²), maior área registrada entre os estados que possui a vegetação Amazônica.

O desmatamento da Amazônia não está associado a agricultura, segundo o projeto que realizou a qualificação dessas áreas indicando a situação quanto ao uso da cobertura.

“O único estado com o perfil de desmatamento que tem uma ocupação muito maior associado a agricultura é o Mato Grosso. O Estado tem a supressão de vegetação associada predominantemente na questão da agricultura”, enfatizou a ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira.

A informação foi destaque na apresentação do resultado inédito do uso e cobertura da terra na área desflorestada da Amazônia Legal do Programa de Monitoramento do Desflorestamento (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espacial (Inpe) com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O relatório aponta ainda que nas áreas desflorestadas na Amazônia até o ano de 2008, corresponde a 719 mil km², a cobertura de maior abrangência está associada às áreas de pastagem.

“O estudo mostra que na realidade a agricultura nova, a consolidada, não é responsável pela ocupação majoritária da Amazônia. O processo de desmatamento da Amazônia está relacionado a pecuária”, pontuou a ministra.