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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Seca faz Distrito Federal decretar situação de emergência

O Brasil enfrenta clima de deserto. O tempo seco veio com força no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste.

O Brasil enfrenta clima de deserto. O tempo seco veio com força no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste. Em algumas cidades, não chove há mais de três meses. O Distrito Federal entrou em estado de emergência.


A umidade do ar na capital federal está muito baixa, com índices preocupantes. Na segunda-feira (5), ficou em 10%. Em 50 anos, essa é a quarta vez que a umidade relativa do ar em Brasília cai tanto. Nesse clima, as pessoas fazem o que podem pra tentar amenizar o mal-estar causado pela seca.

Nem passarinho aguenta. Um deles foi atrás de uma sombra. Na seca, guarda-chuva virou moda. Tudo para se esconder do sol. “Está precisando chover para melhorar”, comentou um senhor.

Os mapas da meteorologia mostram o cenário: temperaturas elevadas, mais altas que nos anos anteriores. Em Imperatriz (MA), chega a 38°C; em Cuiabá (MT), 41°C. E o pior: no auge do calor, a umidade do ar caiu para 8% esta semana em algumas cidades do Triângulo Mineiro, noroeste de São Paulo e Goiânia e para 10% no Distrito Federal.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal é 55% de umidade. “O clima está atrapalhando muito a gente”, disse uma jovem.

Em Barreiras (BA), não chove há mais de quatro meses. Araçuaí e Arinos, em Minas Gerais, é a mesma coisa. Em Palmas (TO), são mais de três meses de seca. Em Brasília, não cai um pingo de água há 87 dias.

“Vão persistir a seca e temperaturas elevadas. Devemos esperar chuva tão somente no final do mês”, prevê o meteorologista Luís Cavalcanti.

Que tal um banho coletivo de água gelada? “É legal e é gostosa, porque estava muito quente”, disse um menino.

Em uma escola de Brasília, educação física para crianças de cinco a onze anos agora é debaixo d’água. “Eles voltam para a sala refrescados, com menos calor e com mais disposição”, disse a professora Valéria Junqueira.

As crianças reclamavam muito dos efeitos da seca. “Eu sinto dor de garganta. Passo muito mal”, diz uma menina.

Na seca, ventos fortes levantam a poeira e o ar fica coberto por uma névoa. Os médicos dizem que o relato é sempre o mesmo: sensação de cansaço, mal-estar e dificuldade para respirar. Quem tem alergia reclama que os sintomas pioram nessa época do ano. “Seria ouvido, nariz e garganta, se a gente for simplificar. São os casos mais frequentes”, aponta o otorrinolaringologista Ricardo Valadares.

A dona de casa Elizete Bittar tem umidificadores em casa e ainda deixa um balde de água no quarto para aliviar a secura e proteger de doenças a neta, que teve pneumonia. “Comecei a usar mais intensamente e aí ela ficou boa. Não teve ainda mais nada”, revela.

Médicos também recomendam colocar uma toalha molhada na cabeceira da cama e, claro, beber muita água. Mesmo quem é de Brasília sofre todo ano com a seca. É difícil se acostumar com esse clima.
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