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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Savi propõe campanha para diminuir o uso de sacolas plásticas

Conscientizar a população sobre os prejuízos decorrentes da utilização de sacolas plásticas e incentivar a adoção de sacolas reutilizáveis. Esse é o objetivo da campanha informativa proposta pelo deputado estadual Mauro Savi ao Governo do Estado por meio de um projeto de lei.


A indicação propõe que todos os estabelecimentos comerciais passem a divulgar a seguinte mensagem: “Sacolas plásticas convencionais dispostas inadequadamente no meio ambiente levam mais de 100 anos para se decompor. Traga de casa a sua própria sacola ou use sacolas reutilizáveis”.

A proposta foi encaminhada ao Governo do Estado com cópia para as secretarias estaduais de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Meio Ambiente e Trabalho e Assistência Social. A idéia é fazer com que cartazes informativos contendo a referida mensagem sejam colocados em todos os estabelecimentos que comercializam produtos de qualquer gênero, quer seja no atacado ou varejo.

Somente no Brasil, a cada mês, 1 bilhão de sacos plásticos é distribuído pelos supermercados. Isso significa 33 milhões por dia e 12 bilhões por ano, ou 66 sacos plásticos para cada brasileiro por mês.

As sacolas plásticas são feitas de plástico filme, fabricado a partir de uma resina sintética (polietileno) originadas do petróleo. Por não serem biodegradáveis, levam séculos para se decompor na natureza. No Brasil, conforme ressalta o deputado na justificativa da indicação, são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, que já representa 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados em vazadouros, esses sacos plásticos impedem a passagem da água retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis e dificultando a compactação dos detritos.

Mas a preocupação do deputado Mauro Savi com o consumo excessivo de plástico não é de agora. Recentemente o Governo do Estado sancionou a Lei nº322/2010, de sua autoria, que institui o Programa Estadual de Orientação e Incentivo à Manufatura, Comércio e Uso de Sacos, Embalagens e Recipientes de Materiais Não-Poluentes, de Característica Degradável ou Reciclável.

Vários países já se conscientizaram dos prejuízos causados pelos sacos plásticos. Na Alemanha, por exemplo, quem não anda com sua própria sacola a tiracolo para levar as compras é obrigado a pagar uma taxa extra pelo uso de sacos plásticos.

Na Irlanda, desde 1997 se paga um imposto de nove centavos de libra irlandesa por cada saco plástico. A criação da taxa fez multiplicar o número de irlandeses indo às compras com suas próprias sacolas de pano, de palha, e mochilas.

Uma rede de supermercados da Grã-Bretanha se propôs a utilizar plásticos 100 % biodegradáveis em seus produtos. Até dezembro deste ano, pelo menos 2/3 de todos os saquinhos usados na rede serão feitos de um material que, segundo testes em laboratório, se decompõe dezoito meses depois de descartados.

Aqui em Cuiabá já existem algumas iniciativas semelhantes. Uma rede de supermercado, por exemplo, oferece sacolas biodegradáveis e, caso o cliente prefira a de polietileno, tem que pagar por ela.

Savi ressalta ainda, que nos estados de São Paulo e Paraná, os governos e entidades já estão se movimentando para reduzir o número de sacolas plásticas, incentivando com campanhas de esclarecimento a população, visando que esta utilize suas próprias sacolas para fazer as compras.

“Enquanto medidas mais abrangentes não são adotadas devemos procurar outros meios mais céleres de amenizar o impacto dessas sacolas plásticas. A conscientização em torno do problema é o primeiro passo”, finalizou o parlamentar.
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