O senador Jaime Campos (DEM/MT) defendeu a saída de Mato Grosso da área de abrangência a Amazônia Legal, que inclui o norte de Mato Grosso e os estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Rorâima, Pará e Tocantins. A manifestação ocorreu durante audiência pública da comissão de agricultura e reforma agrária do Senado Federal nesta quinta-feira (29/9).

Ao abordar a necessidade de aprovação do novo Código Florestal, Jaime Campos argmentou que o Estado não vantagem alguma em permanecer na área.

"O que Mato Grosso ganhou por permanecer na Amazônia Legal? Levou porrada, porque há anos não recebemos nenhum incentivo do governo", criticou Campos.

O pronunciamento de Jaime Campos suscedeu ao do senador Pedro Taques (PDT/MT), que se manifestou contrário à idéia de autonomia para que estados e municípios legislem de forma concorrente em matéria ambiental e disse que é preciso acabar com o "fundamentalismo" de ruralistas e ambientalistas.

Jaime argumentou, no entanto, que há uma série de situações provocadas pelo próprio govero federal que prejuicam o produtor rural, os assentados da reforma agrária e as populações dos municípios de Mato Grosso e da Amazônia Legal.

Ele afirma que a medida provisória editada em 2001 e que aumentou o tamanho da reserva legal na Amazônia, de 50% para 80%, precisa ser regulamentada por meio do código florestal.

"Não existe segurança jurídica para continuar produzindo. Precisamos aprovar urgentemente esta medida próvisória (código florestal), que o congresso nunca teve coragem de aprovar.

O retirada de parte de Mato Grosso da Amazônia Legal está sendo analisada pelo deputado federal Neri Geller (PP/MT), que no mês passado anunciou a intenção de "desengavetar" proposta similar do ex-senador Jonas Pinheiro.