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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Oásis surge e surpreende no deserto mais seco do mundo

O Atacama é o deserto mais seco do mundo porque lá praticamente não chove. Por ano, a média de chuva é de dez milímetros. É a água que desce da cordilheira que leva vida e fertilidade.


Imagina em pleno deserto encontrar um oásis de verdade encravado em um cânion. O oásis do Jere é único porque lá existem diversas espécies de árvores frutíferas. Há maçã, uva, laranja, romã. Só de pêra, existem oito espécies diferentes.

O cânion é protegido por paredes de mais de 20 metros de altura. A época das frutas começa só em dezembro, mas, com um pouco de sorte, dá para achar.

A pequena agricultura no Atacama ainda é feita de forma tradicional. Há uma plantação em Socaire, um vilarejo a 3,2 metros de altitude, e que tem apenas 120 habitantes. Mas a cidade símbolo desse deserto é San Pedro de Atacama, que tem no máximo cinco mil moradores. Por lá, passam viajantes do mundo inteiro. Gente que quer conhecer a verdadeira natureza da terra. Uma terra que pode ser surpreendentemente colorida. Quem chega a esse deserto precisa de um tempo para se acostumar.

Depois de quase uma semana no deserto, enfrentando durante o dia um sol de rachar, clima seco, a paisagem árida, um calor de enlouquecer, tudo o que você deseja é sombra e água fresca. Quando você encontra um lugar como um oásis, você pensa que está sonhando, que é uma miragem.

As termas de Puritama formam mais um oásis no deserto. A água das piscinas naturais é quentinha: 30ºC. Mas não dá para esquecer que se trata de um lugar de extremos. No deserto, quando tem sol, vem um calor que ninguém aguenta. Mas quando se está na sombra, é um frio de rachar.

Todo o lugar é protegido por enormes paredões que quase impedem a passagem dos raios de sol. Dizem que essas águas são boas para a saúde, e que curam principalmente reumatismo. Mas a verdade é que quem vai ao lugar não está em busca de tratamento, mas simplesmente aproveitando a oportunidade rara de sentir a importância de estar em um oásis em pleno deserto. O Globo Repórter se despede do Atacama, levando na memória a força de um lugar em que a terra se exibe soberana.
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