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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Daryl Hannah critica Belo Monte e relembra passagem pela Amazônia

A atriz americana Daryl Hannah participou neste domingo (13) do Fórum Global de Sustentabilidade do SWU e criticou a construção da Usina de Belo Monte, no Pará.


“Algo como Belo Monte tem desvantagens em todos os níveis. Vai deslocar pessoas, as comunidades indígenas vão ficar sem ter como se manter. Vai começar a matar toda aquela região”, disse, numa conversa com jornalistas.”Sabemos que podemos fazer isso (produzir a mesma eletricidade) com energia solar ou eólica”, completou.

Na opinião da americana, uma entusiasta do biodiesel, a construção da represa no Rio Xingu é “daqueles desastres ambientais do qual todos precisam saber a respeito, para se colocarem em solidariedade com aqueles que se opõe a ele, para não deixar essa atrocidade acontecer”.
Daryl Hannah (Foto: Dennis Barbosa/G1)Daryl Hannah conversa com jornalistas em Paulínia (SP). (Foto: Dennis Barbosa/G1)

Daryl sabe que se trata de um tema sensível no Brasil, em especial quando estrangeiros opinam sobre ele. Mas ela acha que deve se manifestar, já que “todos compartilham o mesmo planeta”. “A ideia da hidroeletricidade em principio é boa, mas esses projetos de represas gigantes são o oposto de energia verde”, comentou.

A atriz se diz fascinada pela Amazônia. Nos anos 90, quando filmou “Brincando nos campos do senhor” (de Hector Babenco), ela passou meses na floresta. Os local das filmagens ficava a três horas de barco de Belém, e ela optou por ficar no interior mesmo, já que não queria ter de se trasladar diretamente entre a capital paraense e a locação.

“Foi como um sonho que se tornou realidade. Na infância, eu literalmente sonhava em morar na selva amazônica. Foi incrível. Aquelas borboletas azuis gigantescas... Subíamos e descíamos o rio, visitávamos comunidades”, relembrou.

Daryl considera o uso de biocombustíveis uma grande solução, mas não quando são produzidos em grande escala, com agrotóxicos e sementes geneticamente modificadas. O certo seria, acredita ela, que se estimulasse a produção local, em menor quantidade, para beneficiar cada comunidade. “Biocombustíveis são um exemplo perfeito de uma boa ideia que ficou ruim, especialmente em grande escala” comentou.

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