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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Barco de ambientalistas e baleeiro japonês se enfrentam na Antártida

Os pescadores japoneses que adoram caçar baleias são o pesadelo dos ambientalistas. É a chamada batalha das baleias. Um baleeiro japonês e um barco do grupo conservacionista Sea Shepard se enfrentaram nas águas geladas da Antártida, onde ocorre a caça às baleias.


Os ambientalistas teriam tentado jogar latas de tinta no baleeiro japonês, que respondeu com canhões de água. Em alguns momentos as duas embarcações se chocaram. Segundo o Sea Shepard, três manifestantes ficaram feridos. É uma guerra que se repete sem trégua há oito anos, como você vai ver na reportagem.

Em todos os verões do Hemisfério Sul, as cenas de batalha se repetem. Ativistas tentam impedir que navios japoneses matem os maiores mamíferos da terra nas águas geladas da Antártida.

Por causa do risco de extinção, a caça comercial foi proibida em 1986 por uma comissão que reúne 84 países. O Brasil é um deles. Mas, há quem ache jeitinhos de seguir caçando. O Japão diz que mata as baleias para fazer pesquisa científica e que o consumo da carne é para não desperdiçar – o que, segundo os japoneses, é permitido por acordos internacionais.

O maior mercado de peixes e produtos do mar do mundo já foi um enorme centro de distribuição de carne de baleia. Hoje, no Tsukiji, em Tóquio, é preciso percorrer vários corredores para achar o único atacadista de baleia que sobrou na capital japonesa. Hoje o Japão consome quatro mil toneladas de baleia por ano. Há 60 anos, eram 400 mil.

“Quem quiser comprar tem de chegar bem cedo”, explicou um funcionário. Não adiantaria voltar no dia seguinte, porque um cartaz deixava bem claro em inglês: "Não vendemos para turistas, desculpe".

Em Tóquio, carne de baleia é servida em restaurantes especializados. São poucos, mas fáceis de achar. O desenho é inconfundível. Há um restaurante no quinto andar de um prédio. Logo quando se entra, há um cartaz com todas as baleias do mundo.

“Seja bem-vindo”, dizem as atendentes do único restaurante de baleia de Tóquio que aceita receber jornalistas estrangeiros. “São mais de 50 pratos, cozidos, grelhados ou crus”, explica o chefe Matamitsu Hanawa.

Apesar disso, o hábito está em decadência, principalmente entre os jovens. “Eu nem sabia que se comia baleia”, diz uma adolescente. “Eu comia muita baleia quando era criança. Agora faz muito tempo que não como”, diz um senhor. Sinal de que talvez a pressão internacional dê resultado, e que essa sangrenta tradição se torne coisa do passado.

No começo do mês, três conservacionistas foram presos por invadir outro baleeiro japonês.
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