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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Infecções por fungos oferecem risco para agricultura e espécie ameaçadas

Infecções causadas por fungos estão aumentando em número e podem gerar graves prejuízos para a...

Infecções causadas por fungos estão aumentando em número e podem gerar graves prejuízos para a agricultura, além de oferecer risco para espécies já ameaçadas. A afirmação é de um estudo publicado nesta quarta-feira (11) na revista científica "Nature".


Segundo os pesquisadores, as infecções por fungos já provocam a perda de 125 milhões de toneladas de cinco tipos de grãos por ano: arroz, trigo, maizena, batata e soja. Somente no caso de três culturas, arroz, maizena e trigo, os prejuízos anuais são da ordem de US$ 60 bilhões.

Os prejuízos para plantas e animais também são graves. De acordo com a pesquisa, os fungos foram responsáveis por 70% dos casos em que infecções provocaram a extinção de espécies. Evidências sugeririam que os casos de doenças causadas por fungos em espécies ameaçadas estão aumentando.

No caso de animais, novas doenças provocadas por fungos ameaçam a existência de 500 espécies de anfíbios, além de abelhas, tartarugas marinhas e corais. Na América do Norte, um tipo de fungo é responsável pela síndrome do nariz branco, que já levou à morte milhares de morcegos.

Já com relação às plantas, árvores danificadas por fungos absorvem menos CO2 atmosférico - processo que ajuda a diminuir o efeito estufa e consequentemente o aquecimento global - segundo a pesquisa.

De acordo com os cientistas, as doenças provocadas por fungos têm aumentado em escala e severidade desde meados do século XX. O principal motivo seria o aumento do comércio internacional.

Por isso, os pesquisadores pedem que autoridades internacionais aumentem o controle da entrada e saída de produtos animais e vegetais pelas fronteiras. Eles também pedem mais investimentos na pesquisa sobre a propagação de infecções causadas por fungos.

"Os ataques de fungos colocam um desafio para a segurança alimentar. Também ameaçam a biodiversidade. Apesar disso, nós ainda não realizamos um controle adequado do seu crescimento e proliferação", declarou Sarah Gurr, coautora do estudo e professora na Universidade de Oxford, em material de divulgação.
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