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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Pernambuco cria programa de incentivos para reduzir emissão de gases de efeito estufa

Apontado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como região crítica em relação aos impactos da elevação da temperatura global, o estado de Pernambuco mostrou nesta quinta-feira (14), na abertura oficial do Rio/Clima...

Apontado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como região crítica em relação aos impactos da elevação da temperatura global, o estado de Pernambuco mostrou nesta quinta-feira  (14), na abertura oficial do Rio/Clima (Rio Climate Challenge), nesta capital, como pretende fazer para aumentar o nível de sustentabilidade local.


O governador Eduardo Campos lançou o Programa Pernambuco Sustentável, que se soma ao Plano Estadual de Mudanças Climáticas, o primeiro do país, concluído no ano passado, que define estratégias para reduzir os riscos e promover a mitigação do efeito estufa em vários setores.

O Rio/Clima ocorre na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), em paralelo à Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O objetivo da iniciativa, que se estenderá até o próximo dia 21, é elaborar um documento com propostas concretas de cerca de 20 grupos de 14 países, considerados grandes emissores de gases poluentes, para minimizar o aquecimento global.

O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas), Sérgio Xavier, disse à Agência Brasil que o Programa Pernambuco Sustentável é um instrumento para estimular a geração de energias renováveis no estado por meio de incentivos fiscais tanto ao gerador quanto ao consumidor da energia. “Cria-se um fomento nos dois pólos da cadeia energética renovável no estado”.

Pernambuco é, atualmente, o estado que apresenta a maior base de produção de equipamentos para geração de energia eólica. Além disso, o estado está no centro da região com maior potencialidade de ventos no Nordeste brasileiro e, por isso, passa a ser um ponto importante no novo eixo da economia verde, “que é o das energias renováveis”, segundo Xavier.

Empresas dos Estados Unidos, além de Israel e outros países asiáticos já procuraram o governo pernambucano na Rio+20, interessadas em agendar apresentações mais detalhadas do programa, que prevê, entre outros benefícios, a desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Sergio Xavier salientou que o crescimento de 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco no primeiro trimestre deste ano, ante expansão de 0,8% no PIB brasileiro, começa a despertar a atenção de empreendedores que veem ali um lugar para investimentos promissores.

Xavier relatou que o governo está trabalhando também para ampliar a proteção das áreas de Mata Atlântica e de Caatinga, biomas que foram muito degradados nas últimas décadas. O estado enfrenta, no litoral, problemas sérios de chuvas intensas e de avanço do mar e, no semiárido, seca e desertificação.

Esses problemas levaram o estado a participar do Rio Clima como copatrocinadores, com o objetivo de construir um documento “que seja mais ousado que os documentos que a ONU tem produzido com as convenções climáticas”. Segundo o secretário, o governo de Pernambuco está comprometido em buscar metas de redução das emissões, mostrando como fazer isso de forma prática.

O Programa Pernambuco Sustentável prevê ainda a criação de um fundo estadual, composto por 1% da receita das empresas de energia que se instalarem na região, para financiar projetos no setor. “É um círculo virtuoso, em que uma coisa realimenta a outra”.

O governo pernambucano também deverá aportar recursos no fundo, “para dar o pontapé inicial nesse processo”, relatou o secretário.
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