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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Rio+20: Presidente da Famato, Rui Prado defende Código Ambiental Mundial

O presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), Rui Prado Otani, em iniciativa singular, defendeu a criação de um Código Florestal Mundial durante palestra proferida na Rio+20, Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Desenvolvimento Sustentável. 


Na avaliação de Rui Prado, hoje há um desequilíbrio na cobrança de regras e comportamentos e, por isso, propõe a horizontalização das normas ambientais para todos os países. Em síntese, ele avalia que o Brasil, sobretudo Mato Grosso, não pode ser penalizado por desenvolver as melhores técnicas do mundo e ser tolhido a não produzir mais. 

Indo além, ele salienta que o modelo produtivo de Mato Grosso, a despeito da grita dos ambientalistas radicais, é um exemplo a ser seguido porque representa a produção sustentável da agricultura brasileira.

"O nosso modelo de produção agrícola é, atualmente, um exemplo para o mundo. Utilizamos a mesma área para produzir até três safras, alcançando índices de produtividade maiores a cada ano por meio de técnicas sustentáveis, como o plantio direto e integração lavoura-pecuária-floresta”, argumentou. 

De acordo com o líder ruralista, “o meio ambiente não respeita fronteiras (porque os efeitos são globais) e de de nada adiantará se apenas os brasileiros fizerem seu dever de casa". "A questão ambiental deve ser abraçada por todas as nações”, enfatizou Prado Otani na palestra “Mato Grosso: Agropecuária Sustentável”.

Produção

O aumento da produção de alimentos nos últimos 40 anos também foi tema abordado na palestra. Exemplificando, ele citou a redução no preço dos alimentos, especialmente do óleo de soja, que custava o equivalente a R$ 13,74 a unidade em 1971.

“No ano passado o produto valia R$ 2,81, o que representa uma redução de 80%. Neste mesmo intervalo, o consumo de óleo de soja cresceu 195%. O quilo da carne bovina, que em 1978 custava R$ 25,13, registrou queda de 37% no preço em 2011 (R$ 15,70) e o consumo aumentou 100%”, destacou. O desenvolvimento da tecnologia permitiu também, segundo ele,  um aumento na produção na mesma área.

Estudo do Imea revela que, se o Estado continuasse com a mesma produtividade de 1992, seria preciso abrir mais de 4,8 milhões de hectares para produção de soja, milho e algodão, segundo informações do site oficial da Conderação Nacional da Agricultura (CNA) na Rio+20. 

"O  produtor de Mato Grosso, com o incremento de tecnologia na lavoura, contribuiu ambientalmente ao evitar o desmatamento, ou seja, o avanço sobre novas áreas", sustenta Prado, segundo o qual a área destinada à sojicultura aumentou apenas 14,1% (de 6,19 milhões de hectares para 7,07 milhões de hectares), enquanto a produção cresceu 31,4% no mesmo período, passando de 16,7 milhões de toneladas para 21,9 milhões de toneladas.



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