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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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mt dando inspiração

CNA lança plataforma de serviços inspirada em projeto de instituto

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançou, em evento ocorrido na Rio+20, o projeto Plataforma de Serviços Ambientais (PSA), que consiste no acesso à rede de informações sobre comércio e crédito de carbono de neutralização, a partir de atividades de redução e sequestro de emissões na produção rural, desenvolvida pelo Instituto Ação Verde, ONG formada por produtores rurais de Mato Grosso.


O presidente do Ação Verde, Paulo Henrique Borges, informou que a plataforma já conta com 270 mil propriedades cadastradas na área de abrangência da Amazônia legal. Segundo ele, “são propriedades que possuem o CAR ou a LAU e o georreferenciamento, pré-requisitos para todo projeto de carbono”.

O presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, um dos convidados para o lançamento, destaca que o projeto Verde Rio, realizado pelo instituto, já beneficia famílias ribeirinhas da capital mato-grossense, banhada pelo rio Cuiabá, que deverão receber mais de R$ 700 mil para recuperação de matas ciliares e APPs.

A pretensão da confederação é aproveitar a iniciativa mato-grossense e torná-la nacional. "A PSA funcionará como uma vitrine para que os produtores utilizarem este mercado”, vaticina Prado, ao participar do “Seminário Governança Climática da Agropecuária: Mercado Agropecuário de Redução e Emissões”, no espaço AgroBrasil, da CNA.
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Case de sucesso

Em Mato Grosso, a Plataforma de Negócios de Bens e Serviços Ambientais (PNBSA), do Instituto Ação Verde, começou com o projeto Verde Rio. Neste projeto, os ribeirinhos firmam o compromisso de recompor a Área de Preservação Permanente (APP) do rio Cuiabá para a neutralização do carbono, informa a assessoria da CNA.

O recurso oriundo dessa neutralização garantiu à comunidade Barranco Alto, do município de Santo Antônio do Leverger, investimentos em água potável com a construção de dois poços artesianos, duas caixas d’águas e a canalização e distribuição da água para as famílias da região.

“Ninguém acreditava que ia dar certo. Esse projeto deixou a beira do rio mais verde, mais bonita. Nós recebemos R$ 115 mil para as 300 famílias da comunidade”, disse Maurindo Ferreira de Azevedo, produtor e presidente da Associação da Comunidade Barranco Alto, que também prestigiou o evento.

O projeto piloto de Mato Grosso foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) como modelo mundial de mitigação de mudanças climáticas na agricultura. A Famato representa os 86 sindicatos rurais existentes em Mato Grosso. Junto com o Imea e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), forma o Sistema Famato. Com informações compartilhadas pela assessoria da CNA.


Atualizada

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