A Central Campo Limpo de coleta de agrotóxicos localizada no município de Barreiras, no oeste da Bahia, é a que mais recebe embalagens descartadas em todo Brasil. Somente em 2012 foram coletadas 800 toneladas de embalagens vazias nas lavouras da região. A coleta evita a contaminação do solo, dos rios, e dos trabalhadores do campo.
“Aumenta-se o consumo de venenos, de defensivos agrícolas, e automaticamente a gente está recebendo mais a cada ano. Somos três centrais: a de Barreiras, a do distrito de Roda Velha e a do povoado do Rosário. Fechamos um ciclo e ainda temos mais duas para construir até 2014”, explica Mércia Brandi, gerente da Central. Somente em 2011 foram recebidas 2 200 toneladas de embalagens nas três centrais de coletas da região.
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Na Central, os vasilhames são prensados e armazenados em fados. Após ser transformado, o material vai para indústrias dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Só com as embalagens é possível produzir 17 tipos diferentes de produtos.
A coleta segue uma determinação do governo federal, em que os agricultores devem devolver todas as embalagens de agrotóxicos já utilizadas em um prazo máximo de um ano. O agricultor que descumprir a determinação pode ser multado em até R$ 35 mil.
“Inicialmente ele é advertido. Caso ele não venha a cumprir essa advertência ele é multado e tem que corrigir o erro que cometeu. A multa varia entre R$ 4 mil até R$ 35 mil já que é uma infração grave, conta Genildo Ribeiro, fiscal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).