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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Floresta amazônica perde 431 km² de área em setembro, aponta Imazon

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), organização que faz um levantamento paralelo ao oficial da devastação na região amazônica, registrou em setembro desmatamento de 431 km² de floresta, aumento de 153% na comparação com o mesmo período do ano passado.


O total de vegetação perdida equivale a 269 vezes o tamanho do Parque do Ibirapuera, localizado em São Paulo.

Segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), que utiliza imagens de satélite para detectar áreas devastadas, o Pará concentrou mais da metade da degradação florestal (68%), com 295 km², seguido de Mato Grosso, 62 km², e Rondônia, 53 km². Amazonas teve perda de 11 km², seguido do estado do Tocantins, com 10 km², e Acre, com 1 km². Não há dados sobre o Maranhão e o Amapá.

Dados de agosto e setembro deste ano fornecidos pelo instituto, somados, apontam a perda de 663 km² de vegetação, quantidade que é 62% maior em relação ao mesmo período de 2011.

Geografia do desmate
O levantamento do Imazon aponta ainda que a maior parte do desmate no mês passado teria ocorrido em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse – o equivalente a 68%. A perda registrada em terras Indígenas, unidades de conservação e assentamentos de reforma agrária, somada, é de 138 km².

Ainda segundo o sistema da ONG, das oito cidades que mais desmataram a floresta amazônica, oito estão no Pará. Altamira foi a principal responsável, com 126,3 km² de cobertura vegetal perdida.

Governo usa dados do Inpe
A quantidade de floresta amazônica perdida no bimestre agosto e setembro, segundo o Imazon, é menor que a área registrada pelo sistema de detecção do Desmatamento em Tempo Real, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), informação utilizada pelo governo federal para organizar ações de combate e fiscalização na Amazônia Legal.

De acordo com o levantamento utilizado pelo Ministério do Meio Ambiente, no período houve a perda de 804 km² de floresta, com o pico em agosto. Segundo o governo, a alta no desmatamento estaria ligada à seca forte e atípica neste ano, que favoreceu as queimadas, além exploração ilegal de madeira, plantio de soja e, em alguns casos, exploração de ouro.
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