Outro ponto importante da Carta de Palmas foi a proposta de criação imediata de um grupo de trabalho composto pelos Ministérios das Relações Exteriores, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente e Assuntos Estratégicos e os nove estados da Amazônia Legal, para elaborar a posição brasileira que trata do pagamento de serviços ambientais. Os governadores defendem que o pagamento seja feito diretamente aos proprietários da terra.

O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi considera que o tema sobre pagamento de serviços ambientais já é consenso entre os demais governadores e até mesmo pelo presidente Lula que já defende o assunto. "Considero que esse dinheiro não deve sair dos cofres dos Estados, mas da sociedade brasileira e do mundo".

Para Blairo Maggi, é certo que a preservação da Amazônia é importante, por isso defendeu que os governadores da Amazônia levem para Copenhagen, na reunião da COP 15, em dezembro próximo, uma proposta única sobre o modelo do mecanismo de REDD (Redução por Desmatamento e Degradação Evitados).

Maggi sugeriu ainda uma reunião extraordinária do Fórum de Governadores em Copenhagen a fim de que os gestores possam "falar para fora", especialmente para os interlocutores globais que têm poder de decisão.

O governador do Amazonas, Eduardo Braga, que não pôde comparecer ao Fórum por encontrar-se em Parintins, que foi alagada pelas chuvas que caiu naquele Estado nos últimos dias, lembrou por meio de seu representante, o secretário de Planejamento Denis Minev, que já existe um formato de sistematização de REDD subnacional, que está sendo discutido conjuntamente pelos estados da Califórnia, Winsconsi e Illinois, Papua e Jacarta.

Do Brasil, participam desse debate o Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Pará, mas Braga propõe que outros Estados se unam a esse esforço, a exemplo do Acre, que já integra o grupo como observador. A próxima reunião sobre esse tema ocorrerá na Califórnia, em setembro próximo, sob a liderança do governador Arnold schwarzenegger.