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Terça-feira, 16 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Nível do Madeira e margens sem sustentação podem fazer terra ceder

Uma vistoria da Defesa Civil de Porto Velho mostra que a contenção feita ano passado para evitar erosões na margem direita do Rio Madeira já está quase toda perdida. Rachaduras no barranco preocupam e podem atingir o patrimônio da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.


De acordo com o órgão, a primeira situação atípica que preocupa é o nível do rio. No início do mês de setembro, as águas marcaram 3,25 metros, o que é normal para o período do ano, mas o nível subiu e registrou cerca de 5 metros na sexta-feira (6).

"As chuvas que estão ocorrendo na cabeceira de Abunã contribuíram para esta situação atípica", afirma o coordenador da Defesa Civil, José Pimentel.

Seguindo de barco a equipe da TV Rondônia acompanhou uma vistoria da Defesa Civil. As imagens impressionam. Na região do Bairro Triângulo, onde ano passado os banzeiros destruíram mais de 30 metros da margem, a Santo Antônio Energia contribuiu uma contenção com pedras mas, aos poucos, o material foi cedendo. Em alguns pontos quase desapareceu.

Em alguns pontos da margem direita há formação de crateras, que tornam o risco de desbarrancamento ainda maior. "A tendência é avançar e há uma preocupação muito grande porque isso tem que ser refeito, aproveitar o período de vazante para que, no ano que vem, não tenhamos um caos na área central de Porto Velho", esclarece Pimentel.
A poucos metros do local, onde existem galpões da ferrovia que funcionam como museus, a erosão preocupa. O fundo de um tradicional restaurante da capital, interditado na última cheia, parece que vai desabar a qualquer momento.

Do outro lado do rio, a comunidade ribeirinha mais próxima é a de São Sebastião, que também foi muito castigada na cheia do início do ano. Pela avaliação dos técnicos da defesa civil, a tendência é o barranco ser engolido com as chuvas e o aumento do volume natural do rio, a partir de outubro.

A assessoria da Santo Antônio Energia informou que os desbarrancamentos em áreas próximas da usina eram esperados e será realizada manutenção nas contenções. Quanto à ameaça de desabamento de dois restaurantes, no centro, o consórcio alega que o problema foi provocado pelas águas da chuva, que escorrem sob os estabelecimentos. Segundo a Defesa Civil, um relatório da vistoria será encaminhado à prefeitura e aos Ministérios Públicos Estadual e Federal.

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