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Terça-feira, 16 de julho de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Holanda recorre contra prisão de ativistas ambientais na Rússia

Holanda recorre contra prisão de ativistas ambientais na Rússia
O governo da Holanda afirmou nesta segunda-feira (21) que recorreu ao Tribunal Internacional para o Direito Marítimo para que mande a Rússia liberar 30 pessoas no mês passado durante um protesto ambiental no Ártico.

Uma ativista brasileira, Ana Paula Maciel, está entre os presos.

Os passageiros e tripulantes da embarcação Arctic Sunrise, de bandeira holandesa, podem pegar penas de até 15 anos de prisão após o protesto do Greenpeace contra uma plataforma de petróleo da Gazprom.

"O Estado pede a libertação da tripulação detida e do barco", disse o ministério holandês de Relações Exteriores em um comunicado.

A Holanda afirma que deve haver uma audiência sobre o caso na cidade alemã e Hamburgo, sede do tribunal, dentro de três semanas.

O barco do Greenpeace Artic Sunrise foi detido no fim de setembro pela guarda-costeira no mar de Barents (Ártico russo), depois que membros da tripulação abordaram uma plataforma petrolífera. Eles tentavam abrir uma bandeira que denunciava os riscos ecológicos da extração do petróleo.

Os 30 membros da tripulação do barco com bandeira holandesa, entre eles 26 estrangeiros - dos quais a bióloga brasileira Ana Paula - estão em detenção por dois meses em Murmansk, no noroeste da Rússia.

Eles foram acusados de "pirataria em grupo organizado".

Haia já havia iniciado no começo de outubro um procedimento judicial, chamado de arbitragem, no âmbito do qual cada parte pode nomear árbitros encarregados de encontrar uma saída à disputa.

A Holanda decidiu recorrer nesta segunda-feira ao tribunal, já que "a libertação da tripulação e do barco são urgentes", acrescentou o ministério, ressaltando que o procedimento de arbitragem segue seu curso, mas leva tempo.

Vários países manifestaram sua inquietação com o destino dos membros da tripulação, como, por exemplo, a chanceler Angela Merkel na quarta-feira, mas apenas a Holanda tomou medidas concretas visando obter sua libertação.

Na quinta-feira, onze vencedores do prêmio Nobel da Paz, entre eles o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, escreveram a Vladimir Putin para defender os 30 membros da tripulação.

A Rússia fez do desenvolvimento do Ártico, uma imensa zona em hidrocarbonetos inexplorados, uma prioridade estratégica. O Greenpeace, por sua vez, denuncia riscos para um ecossistema frágil.
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